27 de março de 2013

 

Morre Renzo Rossi, o padre que se solidarizou com os presos políticos do Brasil

Padre Renzo morreu em Florença, Itália, segunda-feira (25/03/2013). Ele chegou ao Brasil em 1965 e se dedicou a criar a Paróquia de Nossa Senhora de Guadalupe, no bairro Capelinha de São Caetano. Mas, ficou mesmo conhecido por se solidarizar com os presos políticos da ditadura militar (1964-1985), fazendo visitas regulares em 14 presídios, com aprovação do Arcebispo Primaz do Brasil, Cardeal Dom Avelar Brandão Vilela.

O jornal A Tarde registrou nesta terça-feira (26/03/2013): “Morre o mensageiro da fé e da luta dos presos políticos”, em reportagem assinada por Patrícia França. Padre Renzo desempenhou papel importante na defesa dos presos políticos. Ele chegou a participar ativamente da operação de fuga do militante Theodomiro Romeiro dos Santos, único a ser condenado a morte pelos tribunais da ditadura militar. Com o advento da Lei da Anistia, temia-se pela vida de Theodomiro.

A vida do religioso está documentada na biografia “As asas invisíveis do Padre Renzo”, da autoria do jornalista, escritor e ex-deputado federal (PT-BA) Emiliano José, com edição traduzida em italiano pela Editora Paulus, do Vaticano. Padre Renzo não chegou a ver o documentário produzido por Jorge Filippi (Produtora Santo Guerreiro, Bahia). A viagem de Emiliano José e Jorge Filippi estava marcada para 1º de abril próximo.

Ao lado da reportagem de Patrícia França, o jornal A Tarde publicou artigo de Emiliano José intitulado “Saudades eternas, padre Renzo”. No texto, ele lembra palavras do poeta Pedro Tierra: “o anjo de asas invisíveis regressa à matéria do mundo para oferecer a ele a luz de sua alegria”.
 
A Missa de Sétimo Dia será rezada na Igreja da Fonte do Capim, um bairro pobre de Salvador.
 

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