29 de dezembro de 2012

 

Trabalhadores constroem rede de comunicação independente

 
Os barões da mídia estão se sentindo lesados. Eles acham que TVs, rádios e jornais só podem pertencer a eles, por uma espécie de direito consuetudinário distorcido. Há um estranhamento em relação ao crecimento da Rede de Comunicação da Central Única dos Trabalhadores (CUT). A Folha de S. Paulo publicou uma reportagem interessante (27/12/2012), mas, não deixa de dar uma cutucada: reclama que Lula deu três entrevistas à TV dos Trabalhadores e tenta envenenar o motivo que seria o de fugir das perguntas sobre supostos escândalos no governo Dilma.
Ora, Lula não tem obrigação de dar entrevistas a nenhum meio de comunicação. Não é presidente, nem ocupa cargo público. As entrevistas dadas à TVT tem o objetivo de valorizar a comunicação própria dos trabalhadores. A rede de comunicação dos trabalhadores dispõe atualmente de uma emissora de TV, três emissoras de rádio, dois sites de notícias, dois jornais e uma revista mensal. Este projeto vem desde 1980 e ganhou impulso nos dois governos Lula. A TVT entrou no ar em 2010, com alcance limitado e sinal UHF transmitido de Mogi das Cruzes (SP).

O ex-presidente Lula, fiel às suas origens de trabalhador metalúrgico, se entusiasma com a possibilidade da TVT ampliar seu alcance com uma antena geradora na Avenida Paulista. A ideia é oferecer uma alternativa à programação das emissoras comerciais. Como sindicatos são mantidos por imposto sindical, por lei eles não podem ter concessões de rário e TV. Criaram então a Fundação Sociedade, Comunicação, Cultura e Trabalho. Em agosto deste ano entrou no ar a Rádio Brasil Atual, com três emissoras FM. Já o site Brasil Atual, com cerca de 330 mil visitantes únicos mensais abastece milhares de blogs e sites, alinhados ou não com o PT.

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