12 de fevereiro de 2012

 

Se o Congresso criou o monstro, cabe ao Congresso matar o monstro


Maurício Dias, da revista CartaCapital, em lúcida análise,  afirma que a greve dos policiais militares da Bahia é um monstro criado pelo Congresso Brasileiro. “O bicho nasceu e cresceu a partir das anistias concedidas a movimentos iguais ou semelhantes, deflagrados por bombeiros e policiais militares nos últimos anos, em todo o Brasil”.  No fundo, eram interesses eleitorais em jogo. Agora, ficou claro que ocorreu uma conspiração contra a democracia e o Estado de Direito. A presidenta Dilma disse não à anistia a amotinados.  Wagner, governador da Bahia, também já disse não.
Eu diria que o Congresso tem diante de si uma tarefa maior, a de se debruçar sobre uma política nacional de segurança pública para o Brasil. A ameaça não vem mais do Exército, de tradição golpista. Agora, a ameaça vem das polícias militares, que transformam greves salariais em motins armados, articulam-se nacionalmente, organizam ações violentas de extermínio, queimam ônibus e veículos da Corporação, invadem sedes do Poder Legislativo. Como se deu na Bahia.

A divulgação das gravações de telefonemas entre líderes grevistas criminosos  mostra que o Congresso Nacional deve colocar em pauta a discussão sobre uma política de segurança. O Brasil não pode ficar refém de policiais militares, que são funcionários públicos armados. Prender líderes bandidos não será suficiente. O problema da polícia no Brasil é mais que um simples caso de polícia.

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