21 de fevereiro de 2012

 

Bahia, carnaval, alegria, assalto e muita lama de xixi

Ousadamente, depois de me divertir toda a manhã na Mudança do Garcia (segunda, 20) decidi mostrar o Carnaval da Bahia a Vincent, nascido em Paris, filho de Jorge e Zezé Malheiros, meus amigos. Deixei o carro no Rio Vermelho e caminhamos até Ondina, enfrentamos aguerridamente a pipoca do Chicletes, um antro de ladrões e porradeiros.

Fomos jogados pra lá, prá cá, cercados por marginais que tentaram levar meu celular e a máquina fotográfica do Vincent e, claro, o dinheiro pra cerveja nos bolsos. Lutei bravamente e consegui subir numa mureta enlameada de xixi. Ali ficamos até a horda selvagem passar, nos protegemos atrás  de uma fileira de policiais militares. Retomamos a caminhada até o Camarote da Central.

No caminho, vimos Ivete Sangalo passar, espremidos numa parece de compensado. Finalmente, entramos no Camarote da Central, bebemos, comemos, assistimos Daniela Mercury e suas dançarinas desfilarem, Margareth Menezes, Durval Léllis, André Lellis, Timbalada, Carlinhos Brow. À meia-noite resolvemos voltar. Pela frente, encontramos ainda o trio de Margareth. Pulamos, fomos empurrados alegremente, passamos à frente e andamos de Ondina ao Rio Vermelho.

Deixei Vincent em casa às duas da madrugada, na Pituba e fui para casa. Descobri então que meu cardiologista tinha razão. Não tenho nada no coração. A pressão não subiu, com dezenas de copos de cerveja, dois sanduiches porradão e duas caminhadas Rio Vermelho/Ondina/Rio Vermelho.

Vincent viveu tudo que o Carnaval da Bahia oferece, música, dança, alegria, empurrões, assaltos, lama com xixi. O pior de tudo é que ele gostou. Eu também.
 

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