10 de julho de 2011

 

Não é hora de ser “sonhático”, Marina

Concordo em parte com o jornalista Rodrigo Vianna, do blog Escrevinhador. Recomendo a leitura. Como ele, não estou entre os que se encantaram com a suposta “novidade” representada por Marina Silva na eleição de 2010. Na verdade, ela ajudou os tucanos a levar a eleição para o segundo turno e colaborou com a agenda reacionária anti-aborto que tomou de assalto a campanha eleitoral.

Sim, os partidos políticos devem ficar atentos aos movimentos de Marina Silva. É que há sinais de um cansaço generalizado com a democracia parlamentar representativa. Cansaço com Sarney, Geddel, Collor, Temer, cansaço com os pragmáticos do PT e do PCdoB. Há um mal-estar com a sensação de que os partidos não representam mais a vontade popular. E a mídia não ajuda em nada, atrapalha.

Não levo a sério as rebeliões no Oriente Médio. Não são revoluções coisa alguma. E não me engano com Internet e suas redes sociais. Agitam, podem até levar estudantes às ruas, mas não são capazes de administrar um país. Marina Silva que rompeu com o PT, não agüentou o PV, ficou sem partido, pode até querer surfar nesta onda, mas, se ela chegasse ao poder pelo caminho da rebelião popular, como faria depois para gerenciar o país, exercer o poder? Sem coligação partidária? Por uma ditadura? Com o povo permanentemente nas ruas?

Tô com pena de Marina, que desperdício! Torço para que os marinistas ajustem o foco contra a direita, não contra Dilma e o PT. Já basta o PSOL estar se aproximando de ACM Neto, do DEM. Os extremos se tocam.

Comments: Postar um comentário



<< Home

This page is powered by Blogger. Isn't yours?