23 de maio de 2011

 

Em memória de Fernando Bunchaft, militante comunista

No dia 15 de maio de 2011, o jornal A TARDE, de Salvador, amanheceu com uma NOTA bem visível. O texto dizia que a comunidade acadêmica, a comunidade judaica, físicos, humanistas, marxistas e militantes comunistas da Bahia, Rio de Janeiro, Brasil e Itália vêm a público lembrar os dez anos de falecimento do PROFESSOR FERNANDO BUNCHAFT. Homenagem que se faz a um lutador ardoroso e intransigente na dedicação à Ciência e à transformação das estruturas sociais, econômicas e políticas em prol de um mundo socialista.

Uma bela homenagem. Bem-aventurados aqueles que não se esquecem de seus heróis. O professor Fernando Bunchaft faleceu em 14 de maio de 2001, em Salvador. Pesquisei e achei algumas referências sobre ele. Bunchaft nasceu no Rio de Janeiro em 1924. Era filho de imigrantes judeus (russo e polonesa). Após se formar como engenheiro e trabalhar no DNER, ingressou no curso de Física da Universidade do Brasil (UFRJ), onde se formou em 1964.

Devido a suas atividades no movimento estudantil foi expulso da Universidade do Brasil, após o golpe militar, e impedido de colar grau. Somente em 1999 a Universidade se retratou. Fernando Bunchaft foi para o exílio, morou com sua esposa Elizabeth Froes Bunchaft, (falecida em 2000), em Nápoles, fixando-se no Instituto Nazionale de Fisica Nucleare.

Em 1980, após a Anistia, os dois ingressaram no Instituto de Física da Universidade Federal da Bahia. Pesquisou temas na área da Relatividade, Física, Matemática, Fundamentos de Mecânica Clássica e Filosofia da Física. Um de seus últimos artigos científicos é uma análise dos manuscritos matemáticos de Karl Marx, segundo informações de sua filha Rosa Bunchaft.

Em 2004, Alexandra Flávio Bunchaft, casada com Antonio, filho de Fernando, defendeu sua dissertação de Mestrado em Psicologia, na Faculdade de Ciências Humanas da UFBA: “A identidade do trabalhador cooperado em uma organização popular e solidária de trabalho: o caso da Cooperativa de Mulheres do Parque de São Bartolomeu, em Salvador, Bahia”. Escreveu a dedicatória: “À memória de meus sogros Fernando e Maria Elizabeth Bunchaft, exemplos de vida”.

Não tinha pressa, não tinha ambição!

Era um comunista convicto!

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