17 de abril de 2011

 

Governo da Bahia garante direito de manifestação do MST

O PIG anda irritado. Por PIG leia-se Jornal Nacional, Agência Globo e jornais e blogs de província que reproduzem acriticamente notícias editorializadas, ou seja, opiniões e não apenas fatos. “Governo da Bahia gastou em uma semana mais de R$ 30 mil com MST”. Apenas R$ 30 mil? São perto de três mil pessoas de 19 municípios acampadas nas dependências externas do Centro Administrativo da Bahia. Pouco dinheiro para despesas com garantias constitucionais. O dinheiro de meu imposto está sendo muito bem usado.

O Jornal Nacional tenta criminalizar o MST. Em conseqüência condena, através do tom alarmista, pequenas despesas do governo da Bahia com comida para os manifestantes do MST. Os trabalhadores sem-terra invadiram as repartições públicas. “As despesas dos invasores são pagas com dinheiro público” escandaliza-se a Rede Globo.

O Jornal Nacional não acha errado quando o governo da Bahia gasta com congressos em hotéis de luxo do agronegócio e da indústria. Neste caso, tudo bem, são os “produtores”.

Vejo com satisfação que o governo democrático da Bahia esteja protegendo os direitos dos sem-terra. Eles estão acampados em Salvador desde o início da semana. Ocuparam estacionamentos e jardins do Centro Administrativo da Bahia. Não há nada de errado nisso. Os estacionamentos e jardins do CAB sempre são ocupados por provas de stock car e megaeventos dos evangélicos. Os sem-terra também tem direito.

Eles querem ser recebidos pelo secretário da Agricultura da Bahia. Querem assentamento das famílias acampadas, assistência técnica, construção de escolas e melhoramentos nas estradas. É justo. Tudo o que um governo democrático pode fazer. Não há crime nisso. E enquanto aguardam, o governo do Estado gasta uma merreca em aluguel de banheiros químicos, lona de barracos e alimentação. É uma questão de saúde pública e garantia de direitos. Há crianças, idosos, jovens e mulheres entre os acampados. O que estará querendo a Rede Globo?

Estes mesmos jornalistas que se prestam ao papel de “inocentes úteis” aplaudem as despesas (imensas) do governo com provas privadas de stock car. Claro, corrida de carro, congressos da agricultura e da indústria, são anunciantes.

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