5 de abril de 2011

 

Ex-presos políticos da Bahia se mobilizam para criação da COMISSÃO DA VERDADE

Um grupo formado por ex- presos políticos da Bahia e militantes da luta pela anistia se reuniu segunda-feira (4/4), na Biblioteca do Centro Cultural da Câmara de Vereadores de Salvador, para discutir estratégias para a mobilização em prol da instalação da Comissão Nacional da Verdade.

A reunião foi liderada pelo presidente da Fundação Perseu Abramo (FPA), Nilmário Miranda, ex-ministro dos Direitos Humanos do primeiro governo Lula e ex-preso político. Ele veio a Salvador para coordenar o Ciclo de Debates “Brasil Hoje e suas Perspectivas”, promovido no mesmo dia pela Fundação Perseu Abramo e Partido dos Trabalhadores.

Além de Nilmário Miranda e Emiliano José, estiveram presentes Pery Falcón, João Henrique Coutinho, Ivan Alves Braga, Olivia Faria Braga, Sergio Miranda, Edmundo Ribeiro Krogen, Joviniano Neto, Oldack Miranda, Henrique Andrade, Paulo Pontes e José Carlos Zanetti. O grupo decidiu ampliar a mobilização com uma reunião maior com representantes das organizações da sociedade e dos partidos políticos.

O deputado federal Emiliano José (PT-BA), na reunião, explicou que a Comissão da Verdade proposta pelo então presidente Lula, acolhendo sugestão do ministro Paulo Vannuchi, visa o esclarecimento histórico dos horrores praticados pela ditadura, situando tudo no contexto ampliado daquela circunstância histórica de triste memória.

“Não tem caráter de revanche. Não tem qualquer mandato judicial. Não há, ali, réus sendo julgados. Só pretende a verdade, não mais do que a verdade. A nós, e parafraseio Gramsci, só interessa única e exclusivamente a verdade. Esta Comissão acolhe o melhor das 40 comissões da verdade no mundo, a indicar o quão ampla é, e o quanto tem sido normal o procedimento. Argentina, Chile, Bolívia, Peru, por exemplo, viveram essa experiência. A pergunta que não quer calar é: quem tem medo da verdade?”.

Emiliano disse ainda que a presidenta Dilma Rousseff já mostrou interesse em aprovar a Comissão. “É importante que a maioria dos parlamentares vote a favor da Comissão, pois será um passo importante para a democracia. Temos que colocar o assunto na pauta do governo. E para isso é preciso de mobilização e participação popular, envolvendo inclusive a juventude e os movimentos sindicais”.

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