20 de janeiro de 2011

 

Os crimes da ditadura militar não tinham limites

Não dá para anistiar torturas, assassinatos e ocultação de cadáveres. Esses são os crimes dos militares que tomaram o poder em 1964, derrubando um governo constitucional. Muitos dos torturadores e psicopatas assassinos são generais de pijama, aposentados. Muitos deles acumularam riquezas tomadas pelo botim nas residências invadidas.

A Folha de S. Paulo, cujos proprietários apoiaram a ditadura militar, com a complacência de muitos jornalistas, de vez em quando tem uma crise de consciência e pauta reportagens reveladoras. Na edição de 17 de janeiro de 2011 li que “Homem é torturado por engano na ditadura”.

Mário Oba, militante estudantil à época, portanto suspeito para a repressão, foi preso e torturado duas vezes. Escapou vivo por milagre. Eles queriam o Mário Japa, da VPR, que era o nome de Chizuo Osava.

Por que os generais do Clube Militar do Rio de Janeiro são contra a Comissão da Verdade?

Porque à época eles eram oficiais, capitães, tenentes, muitos deles torturadores, suspeitos de assassinato e ocultação de cadáveres. No Exército Brasileiro, todo general de mais de 60 anos é suspeito. Um Exército que tem as mãos sujas de sangue.

A Folha de S. Paulo quando não suja na entrada, suja na saída. Um box da matéria afirma que a esquerda armada também cometeu erros e assassinatos. A diferença é que praticamente todos foram presos, torturados ou assassinados. Muitos cumpriram longas penas de prisão. Mas, os assassinos e torturadores fardados foram anistiados e não responderam por seus crimes. Ainda é tempo.

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