22 de dezembro de 2010

 

Posse de Emiliano (PT) repercute no blog Política Livre

O blog Política Livre, do jornalista Raul Monteiro, publicou a seguinte manchete:

EXCLUSIVO: Posse de Emiliano José alivia pressão sobre montagem de secretariado de Wagner

SEGUE O TEXTO DE RAUL MONTEIRO:


O petista Emiliano José mandou preparar só hoje o terno para sua posse como deputado federal em lugar de Afonso Florence, confirmado, pela manhã, pela presidente eleita, Dilma Rousseff, no ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). Não será um chic Armani nem um mais refinado Versace, como o que utilizará o ex-pugilista Acelino Popó Freitas, o Popó (PRB), outro suplente beneficiado com a ida de um deputado federal - Mário Negromonte (PP), que emplacou Cidades -, para o ministério de Dilma Rousseff.

Desde que surgiu no horizonte petista como primeiro suplente do PT, ao final da apuração das eleições, em outubro, Emiliano havia adotado a precaução como conselheira e o silêncio como norma. Quem o conhece, diz que, encerrada a totalização dos votos, ele passou a não conversar sobre seu destino ou planos políticos nem com a família. Era uma tática para evitar marolas que comprometessem sua meta de chegar à Câmara.

Transformar o petista em deputado federal, reconhecendo seu patrimônio de mais de 60 mil votos, era um compromisso em torno do qual haviam se unido não só a bancada federal petista, como vários setores do partido, incluído aí sua estrela maior, o governador. Jaques Wagner já havia admitido a possibilidade de puxar um parlamentar do PT para a administração estadual apenas com o exclusivo objetivo de garantir o mandato a Emiliano.

Nesse ínterim, sem mandato, mas com sua perspectiva na mira, apesar de na muda completa em relação ao mundo político e à imprensa, o petista ajudou o governador em questões estratégicas, como na organização do baba para o segundo turno das eleições, em que Dilma Rousseff venceu o tucano José Serra na Bahia, e também na área de comunicação, aproveitando sua larga experiência como jornalista e o ótimo relacionamento que tem com o setor, em todo o país.

Agora, sem mais a necessidade de mexer peças na bancada federal baiana para ajudar Emiliano, Wagner poderá dar curso à manobra apenas se tiver muito interesse em colocar na condição de seu auxiliar direto um dos 10 deputados federais petistas eleitos pelo Estado ou então se quiser também contemplar com um mandato o segundo suplente, Sérgio Carneiro, ou o terceiro, Joseph Bandeira, ambos do PT.

Sobre os dois, no entanto, nunca se ouviu do governador, segundo seus interlocutores mais íntimos e frequentes, qualquer interesse no sentido de vê-los no parlamento. Ou no governo.

Quanto a Emiliano, tem tudo para começar com o pé direito, aproveitando, inclusive, a persistência que o caracteriza. Só para lembrar: Ele tinha uma eleição de deputado estadual garantida em 2006 quando se candidatou à Câmara e acabou como segundo suplente, só conseguindo assumiro o mandato ao final da legislatura.

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