5 de outubro de 2010

 

Não tenho nada pessoalmente contra Serra, eu discordo é de suas intenções (secretas) para o Brasil

Eu sou um dos 47 milhões de votos dados a Dilma (PT). Vou fazer campanha para Dilma neste segundo turno. Nada tenho, pessoalmente, contra Serra (PSDB). Eu discordo profundamente é do programa político que ele escondeu no primeiro turno.

É muito otimismo achar que Serra vai fazer o debate programático que o Brasil merece. Serra tem um programa secreto que ele escondeu, assim como escondeu Fernando Henrique Cardoso. Isso não é honesto.

Fernando Henrique Cardoso foi o mais fiel intérprete do programa (ainda secreto) do candidato Serra: defensor do Consenso de Washington, submissão ao capital internacional e ao FMI, diplomacia submissa, gerente das privatizações, repressão ao movimento popular.

Será porque o programa neoliberal e seu eficaz gerente faliram três vezes o Brasil? Ao esconder suas intenções, Serra ficou refém de um discurso das trevas, de direita, atacou o MST e o movimento social, mentiu acintosamente sobre o PT e supostas ligações com as FARCS, inventou dossiês e denúncias que vão sendo desmentidas.

Sobretudo, pela lógica do voto, não pode dizer que vai privatizar o Banco do Brasil, a CEF e a Petrobras. Sem poder debater seriamente, Serra ficou refém de um pobre slogan publicitário. E agora, até esse pobre slogan publicitário ele pretende mudar. Nada de o “Brasil pode mais”, agora virá um despolitizado “Serra é do bem”. Pois eu acho que Serra é mesmo do mal, não no sentido demoníaco do termo, mas no sentido de sua intenção, não proclamada, para o Brasil.

Comments:
Também tenho muito receio de uma possível volta dos tucanos à presidência da república. Fiéis arautos das políticas neoliberais nascidas do Consenso de Washington, eu tenho absoluta certeza que teríamos uma nova onda, não verde, mas de privatizações, retrocesso na diplomacia internacional e submissão aos EUA. A economia interna está crescendo e passamos por uma crise internacional que nos pareceu mesmo uma marola. O "Poder Soft" do Brasil de impôe na diplomacia internacional. Finalmente podemos passar de uma esperança eterna, para uma realidade e finalmente chegarmos a um lugar de destaque, uma grande potência. Tudo isso conseguido por um presidente metalurgico, elogiado por toda a mídia internacional que não se cansa de reconhecer o seu valor.
Pois eu tenho muita coisa contra o Serra e os Tucanos.
 
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