17 de setembro de 2010

 

O consultor de honestidade da Folha

Do site Carta Maior

Ladrão de carga e passador de dinheiro falso que cumpriu pena de 10 meses de prisão ‘sustenta’ manchete garrafal contra o governo

Depois de estampar manchete de seis colunas na primeira página e gastar cinco ou seis páginas para recriar um clima de ‘mar de lama’ lacerdista contra o governo Lula, o jornal Folha de SP usou exatamente 170 palavras, uma parcimoniosa coluna de canto, para informar aos leitores o perfil de sua referência de honestidade e indignação: o consultor Rubnei Quícoli, cujo prontuário, generoso, inclui ‘negócios’ no ramo de roubo de carga, falsificação de dinheiro e coação, interrompidos, momentaneamente, por 10 meses de prisão.

A INSUSPEITA FONTE DE UM INSUSPEITO JORNALISMO

O consultor Rubnei Quícoli, representante da empresa que tentava obter o financiamento no BNDES por meio da empresa de lobby Capital, foi condenado em processos movidos pela Justiça de São Paulo sob duas acusações: receptação e coação….Quícoli foi denunciado, em maio de 2003, por ocultar “em proveito próprio e alheio” uma carga de 10 toneladas de condimentos, que “sabia ser produto de crime de roubo”.

Em 2000, após denúncia anônima, o consultor foi acusado de receptação de moeda falsa num posto de gasolina em Campinas. A polícia apreendeu no posto sete notas de R$ 50,00. Quícoli afirmou não saber a procedência… Em 2007, Quícoli foi preso e passou cerca de dez meses na prisão…

INFORMAÇÃO, MANIPULAÇÃO E INTERESSE PÚBLICO

Carta Maior defende a investigação transparente, rigorosa e corajosa de qualquer denúncia que envolva o interesse público. A tônica do denuncismo udenista perde legitimidade quando se revala um mero dispositivo eleitoral da coalizão demotucana. Aspas para a coluna de Inês Nassif, no Valor desta 5º feira:

(…) O PSDB, que catalisou a oposição a Lula, e o DEM, com o qual é mais identificado, terceirizaram a ação partidária para uma mídia excessivamente simpática a um projeto que, mais do que de classes, é antipetista. Todo trabalho de organização partidária, de formulação ideológica e de articulação orgânica foi substituído por uma única estratégia de cooptação, a propaganda política assumida pelos meios de comunicação tradicionais.

A vanguarda oposicionista tem sido a mídia. Esta, espelhando-se na velha estrutura social do país, tem praticado uma conversa exclusiva com os seus: assumiu um discurso para agradar a elite, que por sua vez perdeu quase totalmente seu poder de influência sobre os menos ricos e escolarizados. Os partidos de oposição e a mídia falam um para o outro. Pouco têm agregado em apoio popular, que significaria voto na urna e, portanto, vitória eleitoral.

A ideia de propaganda política via mídia (…)tornou-se a única ação efetiva da oposição brasileira, exercida, porém, de fora dos partidos. Teoricamente, a mídia tradicional brasileira não é partidária. Na prática, exerce essa função no hiato deixado pela deficiente organização dos partidos que hoje estão na oposição ao presidente Lula…”

(Carta Maior lembra: 3º feira, no Rio, Monica Serra fazia campanha contra Dilma dizendo,aspas: Ela é a favor de matar as criancinhas…;16-09)

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