4 de março de 2010

 

Hotel da Bahia vai a leilão em 45 dias

O jornal A Tarde esclareceu o caso do leilão do Hotel da Bahia. Segue o texto:

Apenas empresas do ramo hoteleiro e com o compromisso de manter o Hotel da Bahia funcionando poderão participar do leilão que será realizado dentro de 45 dias. O acordo entre o Instituto Aerus, proprietário do imóvel, e a Secretaria do Turismo (Setur) firmado quarta-feira, 3, prevê a liberação de uma linha de crédito de até R$ 15 milhões pela Desenbahia para quem arrematar o Hotel da Bahia. O imóvel vale R$ 25 milhões e abriga quatro obras de Caribé e uma de Genaro de Carvalho, estimadas em mais de R$ 1,650 milhão.

A busca por uma solução rápida foi a tônica do acordo. Para o Aerus, a venda do imóvel vai ficar mais fácil com o financiamento. “Será um atrativo a mais. Precisamos de liquidez (dinheiro em caixa) para quitar os compromissos com nossos beneficiários”, explica o interventor Aubiérgio Barros. De acordo com ele, em outubro do ano passado, sete grandes grupos fizeram visitas técnicas ao hotel. “Na época, não houve compradores porque o hotel estava ocupado e isso acabou afastando os investidores”.

A solução rápida será boa para o Estado também. O Hotel da Bahia seria o segundo cinco estrelas a fechar as portas em Salvador em menos de um ano. O secretário de Turismo, Domingos Leonelli, minimizou a situação, apontando problemas na gestão do Salvador Praia Hotel e da Rede Tropical como justificativa. “O Centro Histórico está decadente? Se for assim, a CVC e sete grupos hoteleiros são todos bobos. O Hilton é burro? O Fasano está indo para a Castro Alves”, respondeu assim a uma repórter na entrevista coletiva.

Na hora da resposta “racional”, como frisou, lembrou que o Centro abriga bons restaurantes. Quem apontou a falta de investimentos na região foi a Rede Tropical, ao falar sobre os motivos para deixar Salvador. De acordo com a Setur, os aportes previstos para a implantação de hotéis passou de US$ 2,2 bilhões para US$ 5,8 bilhões entre 2006 e 2009, num crescimento de 150%.

O diretor-superintendente de marketing e vendas da Rede Tropical, Eduardo Pereira, disse na quarta que não havia nenhum acerto quanto à permanência dos utensílios do grupo no hotel, diferente da informação passada por Leonelli, de que a empresa teria pedido à Aerus para manter os utensílios no local. A venda com o equipamento montado costuma ser mais simples. “A gente pode sentar e procurar uma solução, inclusive se houver interesse em manter o hotel aberto por mais algum tempo”, avisou.

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