25 de fevereiro de 2010

 

Waldir Pires já admite colocar nome para o Senado à apreciação de Encontro do PT

Deu no blog Política Livre: "Exclusivo: Waldir Pires admite colocar seu nome para candidatura no Encontro do PT.A matéria exclusiva é assinada pelo jornalista Raul Monteiro.

Segue o texto:

A entrevista de Waldir Pires (PT) ao Terra Magazine defendendo o lançamento de um candidato do PT ao Senado, conforme publicado abaixo neste Política Livre, é apenas a primeira parte de uma estratégia que o ex-governador montou no sentido de efetivamente conseguir influir na formação da chapa com que o governador Jaques Wagner (PT) pretende disputar a reeleição em outubro.

Em conversa com amigos logo após o Carnaval, Waldir teria admitido, pela primeira vez, o interesse em submeter seu nome para a candidatura ao Senado à apreciação do PT. O anúncio ocorreria antes de junho, durante o Encontro estadual no qual o partido deve discutir a tática eleitoral para 2010. A decisão é uma forte inflexão com relação à postura inicial do ex-governador.

Antes, diante de um apelo público da bancada federal para que assumisse a candidatura, em outubro do ano passado, fato noticiado em primeira mão pelo Política Livre (ver aqui), Waldir havia colocado a decisão nas mãos do partido. A iniciativa também coincide com um movimento de retirada de cena dos até então dois principais potenciais candidatos no PT ao Senado.

Hoje, a voz corrente no partido é que os secretários Walter Pinheiro (Planejamento) e Nelson Pelegrino (Justiça) já teriam aderido completamente à tese da indicação do senador César Borges (PR) para candidato ao Senado na chapa de Wagner, numa espécie de retribuição ao fato de terem sido escolhidos pelo governador para atuarem até o prazo final de desincompatibilização na administração estadual.

A candidatura de Waldir é fomentada principalmente pela base petista, onde se encontram livres do controle do governo os setores mais radicais da legenda e nos quais cresce a avaliação de que o partido não pode “ser cúmplice”, nas palavras dos próprios militantes, de uma chapa de caráter marcadamente “direitista”, como é tachada uma composição com Borges e o conselheiro Otto Alencar, do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), o outro virtual candidato ao Senado na chapa de Wagner.

Embora aparentemente inofensiva, se mantida, a iniciativa de Waldir pode se constituir no primeiro problema político para o governador no âmbito de seu partido. Com o aceno do ex-governador, o Encontro estadual do PT pode decidir oficialmente que o partido deve lançar candidato ao Senado, aprovando, inclusive, a realização de prévias para a escolha do nome a ser lançado.

Distante da cúpula do PT, sobre o qual Wagner tem exercido cada vez maior influência, o eleitorado que participaria da votação seria formado exatamente pelo militante que não concorda com “a direitização” da chapa do governador, o que pode acabar tirando completamente de seu controle o processo de montagem da articulação governista para 2010.

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