4 de fevereiro de 2010

 

Querem apagar a ditadura militar da história do Brasil

Em entrevista concedida à Agência Brasil, o filósofo Vladimir Safatle, professor da Universidade de São Paulo (USP), afirma que, tal qual os nazistas tentaram apagar da História os campos de extermínio de judeus na Alemanha, há no Brasil um esforço para também se apagar da história crimes como seqüestro, tortura, estupro, assassinatos e desaparecimento de corpos de dissidentes políticos da ditadura militar. Até hoje nenhum agente do Estado foi a julgamento por tais crimes cometidos durante o período 1964/1985.

Vladimir Safatle escreveu o livro “O que resta da ditadura”, em parceria com Edson Teles. A obra, que será lançada em março tenta entender como a impunidade se forma e se alimenta no Brasil. O Brasil continua uma democracia imperfeita porque resiste a uma reavaliação do período da ditadura. Nesse assunto o Brasil está anos-luz atrasado em relação aos países da América Latina.

Há inclusive um cinismo clássico que chama de ditabranda o que o país viveu. Aliás, o Brasil é o único país da América Latina em que a tortura aumentou após o regime militar. Há uma perenidade destes horrores nos quartéis e delegacias. Na verdade, a semente da violência do atual aparato policvial-militar foi plantada na ditadura militar. Os torturadores estão aí.

LEIA NA ÍNTEGRA NA AGÊNCIA BRASIL

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