10 de janeiro de 2010

 

Direita militar ameaça retrocesso se torturadores forem punidos

Aos poucos, Nelson Jobim e seus generais vão impondo nova pauta no debate dos direitos humanos e construção da democracia brasileira. Agora, eles ameaçam abrir investigações sobre militantes da esquerda armada que lutaram contra a ditadura, como revanche à proposta de apurar os crimes de tortura. Nelson Jobim entregou sua alma ao militarismo. Não é possível colocar no mesmo nível torturadores e torturados. Os torturadores eram e sao criminosos que agiram com respaldo legal do estado ditatorial, os torturados foram militantes que foram presos, julgados, desaparecidos, assassinados.

Nelson Jobim (Defesa) e Reinhold Stephanes (Agricultura) são ministros cavalo-de-tróia que comprometem o avanço da democracia no Brasil. Eles reagem com idéias reacionárias ao 3º Plano de Direitos Humanos, construído pela sociedade organizada, e apresentado ao presidente Lula pela Secretaria Nacional dos Direitos Humanos. Pela posição dos dois ministros cavalo-de-tróia o presidente Lula, que foi julgado e condenado a três anos de cadeia, por liderar greves no ABC, em plena ditadura militar, estaria sujeito a “investigações”.

As reações do ministro da Defesa, Nelson Jobim, e de grupos militares às propostas de apuração de violações de direitos humanos ocorridas na ditadura ameaçam levar o país ao retrocesso. Os movimentos dos direitos humanos devem ir às ruas em defesa da proposta de ativar a Comissão da Verdade que faz parte do Plano Nacional de Direitos Humanos lançado pelo presidente da República. Não é possível anistiar torturadores. São crimes contra a humanidade.

O Programa Nacional de Direitos Humanos, instituído por decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, é um roteiro para o aprofundamento da democracia brasileira. Quando ministros e militares pressionam, eles se tornam cúmplices dos torturadores do regime militar.

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