29 de setembro de 2009

 

Terror imobiliário de Salvador repercute na Câmara Federal

Um verdadeiro terror imobiliário. Toda a Península de Itapagipe, aquela ponta de terra da Cidade Baixa que abriga bairros populares e de classe média, na qual estão inclusive a Colina do Bonfim e a Ponta de Humaitá, está vivendo sob a ameaça de perder suas moradias.

O agente do terror é o prefeito João Henrique Barradas Carneiro (PMDB), do grupo de Geddel Vieira Lima. É que as empreiteiras querem derrubar ruas inteiras para construção de edifícios suntuosos defronte do mar da Baía de Todos os Santos. Primeiro veio o decreto declarando a região de utilidade pública, agora vem a ameaça das desapropriações.

O deputado federal Emiliano José (PT-BA) denunciou as desapropriações da Península de Itapagipe. Ele criticou (29/09) o projeto da Prefeitura de Salvador de construção de suntuosos investimentos imobiliários na península de Itapagipe, orla da Bahia de Todos os Santos. Emiliano José lembrou que a Prefeitura tinha decretado recentemente como de utilidade pública, para fins de desapropriação, uma área de 324 mil metros quadrados, incluindo bens tombados pelo patrimônio histórico, prédios, residências, lojas de varejo, além de antigas fábricas e casarões seculares. “Já denunciei isso, e volto a fazê-lo, em defesa do povo da Cidade da Bahia”.

As reações contrárias vieram e outras estão em curso. “Uma Ação Popular de iniciativa de moradores da península de Itapagipe propõe a suspensão dos efeitos do decreto municipal de utilidade pública. A recém-criada Associação de Moradores e Empresários da Boa Viagem e Adjacências (AMEBVA) luta para evitar que mais esse desmando aconteça na cidade. Solidária com a luta daquela população, a vereadora Vânia Galvão (PT-BA) vem atuando com energia em defesa da tese da nulidade do nefasto decreto”, afirmou o parlamentar.

O clima de terror está instalado. Moradores e empresários entraram em desespero. “É o velho argumento do progresso, mas um progresso ao avesso, que agride o povo e a história, sepulta o passado e desequilibra a vida de milhares de pessoas”.

“Quais os verdadeiros interesses que estão por trás dessa proposta de desapropriação, dessa intenção subalterna de destruir a Península de Itapagipe, de expulsar de lá os seus moradores, de aniquilar sua história?

Não se sabe, embora se desconfie”, disse Emiliano.

“Ao invés de continuar com essa política, a prefeitura deveria era responder às legítimas demandas daquela comunidade, trabalhar pela melhoria da qualidade de vida da população, viabilizar programas e projetos que visem interesses dos soteropolitanos. Não pode continuar a desenvolver políticas que visem apenas corresponder às expectativas de grandes grupos empresariais.”, afirmou.
Há muita improvisação, muita irresponsabilidade.

Salvar Salvador, salvar Itapagipe. É o grito de guerra.

LEIA NA ÍNTEGRA

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