17 de agosto de 2009

 

Ataques à Petrobras têm motivação econômica e ideológica, afirma Zé Sérgio Gabrielli

Zé Sérgio Gabrielli dispara a metralhadora giratória em entrevista concedida à revista Caros Amigos (agosto), que está nas bancas. Ele recebeu a equipe de jornalistas em mangas de camisa. Fala com orgulho de seu passado como militante da Ação Popular - organização revolucionária que combateu a ditadura militar. Foi jornalista durante três anos. Zé Sérgio é professor da Faculdade de Economia da UFBA, com Doutorado pela Universidade de Boston. Fundador do Partido dos Trabalhadores, já foi candidato a deputado federal e a governador da Bahia nos tempos de vacas magras do PT.

“Acredito na transformação social, acredito na luta institucional e na luta dos movimentos sociais. Acredito que a mudança da sociedade, para uma sociedade mais justa, igualitária deve ser o caminho da humanidade. Acho que do ponto de vista econômico, o país levou tempo demais com políticas de estabilização de curto prazo. Felizmente a partir de 2003, com o presidente Lula, o país priorizou o desenvolvimento, a expansão do mercado interno, a redução das desigualdades, a diminuição da pobreza”.

Que setores estão interessados na CPI da Companhia? Perguntou a repórter. Ele respondeu:

“Eu não sei. Eu suspeito o porquê de a Petrobras estar sendo atacada. Mas não sei dizer exatamente quem são. Posso dizer o porquê de estar sendo atacada. A Petrobras incomoda. É hoje a empresa mais cobiçada do mundo. O pré-sal é a área exploratória mais prolífica neste momento. Os interesses de acessos às reservas movimentam e ativam grandes interesses geopolíticos nacionais e internacionais.

A Petrobras é uma noiva cobiçada. É responsável por cerca de 8% a 10% do investimento brasileiro. Só nos primeiros três meses deste ano, a Petrobras investiu R$ 15 bilhões, R$ 5 bilhões por mês. É mais de R$ 160 milhões por dia, sete dias por semana. Investimento significa emprego, atividade econômica, geração de impostos, geração de renda e movimentação econômica.

Em fevereiro deste ano, em pleno auge da crise mundial, a Petrobras apresentou o maior programa de investimento do mundo: U$ 174,4 bilhões para os próximos cinco anos. No imaginário popular, a Petrobras é símbolo da brasilidade, do Estado realizador. É um contraponto à ideia de que só o mercado é capaz de resolver essas questões. O conflito entre Estado e privado, mercado e planejamento, se materializa na Petrobras. No plano ideológico, a Petrobras também é alvo. Há má vontade de certos setores em relação à Petrobras e a favor de empresas menores do que a Petrobras, que foram privatizadas ou são privadas, é impressionante”.

A REVISTA CAROS AMIGOS ESTÁ NAS BANCAS. LEIA MAIS.

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