28 de janeiro de 2009

 

Mudanças na cultura da Bahia provocam resmungos e chiadeiras

Já era esperado. Protestos, resmungos e muita chiadeira viriam com as propostas de mudanças na gestão da cultura na Bahia. É que durante décadas os recursos iam sempre para os mesmos. Tudo mudou, mas os protestos, resmungos e chiadeiras ainda encontram eco na imprensa nativa. É natural.

O Secretário de Cultura da Bahia, o dinâmico Márcio Meirelles, enviou explicações ao comentarista político do jornal A Tarde, Samuel Celestino, que se tornou porta-voz dos protestantes. Gostei das explicações. Pena que o jornalista tenha cortado sete linhas do final do texto. As explicações poderiam ser mais completas.

Seguem as explicações de Márcio Meirelles enviadas ao jornalista Samuel Celestino e publicadas hoje (28/01/09):

“Em artigo publicado no domingo (25 de janeiro), sob o título “O balé da agonia”, foram divulgadas informações incorretas sobre a Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, que merecem esclarecimento à população. Como faremos a seguir.

Sobre a saída do Superintendente de Promoção Cultural, Paulo Henrique de Almeida, e sua substituição, interina, pelo chefe de gabinete da Secult, Carlos Paiva, ressaltamos que Paulo Henrique Almeida é um excelente quadro do governo e, ao longo do período em que permaneceu no cargo, deu enorme contribuição à cultura da Bahia, promovendo a reestruturação do Fundo de Cultura e a democratização do acesso aos recursos do Estado para a área. Agora, Paulo Henrique de Almeida passa a assumir o cargo de chefe de gabinete da Secretaria de Planejamento do Estado, daí o motivo de sua saída. Carlos Paiva, outro excelente quadro, vai substituí-lo interinamente por conhecer bem os principais programas desta superintendência, o Fundo de Cultura e o Fazcultura, o que garantirá a continuidade nos processos.

Ainda no que diz respeito a esse ponto, não houve mudança em nenhuma das três diretorias da Superintendência de Promoção Cultural. Há, sim, a continuação do processo de reestruturação do Fundo de Cultura, iniciada pelo próprio Paulo Henrique e que tem como principal a ampliação e treinamento de suas equipes, com o aperfeiçoamento de seus procedimentos, de forma a garantir o bom atendimento ao crescente número de proponentes.

Quanto ás críticas à gestão da Secretaria de Cultura, há no texto distorções e, até, inverdades. Por exemplo, são inverídicas as afirmações sobre o Balé do Teatro Castro Alves (BTCA) que, ao contrário do que foi publicado, teve seu corpo de baile unificado em 2007, justamente com o objetivo de valorizar os dançarinos contratados por concurso, que fazem parte do grupo desde a sua fundação, e promover maior interlocução com o cenário da dança local. Só em 2008, a companhia contou com um investimento de R$ 2,5 milhões, sendo quase R$ 700 mil para a produção de três espetáculos novos, que foram apresentados no Teatro Castro Alves e realizaram turnês por diversos municípios do Estado.

Além disso, o Balé do TCA implementou novos projetos como o “BTCA convida”, o “BTCA Residência” e o “BTCA Memória da Dança”, que envolvem atividades de pesquisa, intercâmbio, produção, desenvolvimento e técnicas corporais, registro e memória da dança.

Essas iniciativas inéditas vêm oxigenando a relação do BTCA com a cena de dança local, tendo sido divulgadas, inclusive, por A Tarde e acompanhadas pelos leitores desse privilegiado veículo de comunicação. Ao longo desses dois anos a Secult vem buscando construir uma relação complementar, coerente e necessária, entre o corpo estável de dança do Estado (o BTCA) e a Escola de Dança da Fundação Cultural.

A Escola de Dança, a propósito, dobrou o número de professores e mais que dobrou o de alunos, com um investimento anual de quase R$ 1 milhão (...)”

Nota do blog
– Samuel Celestino cortou as sete linhas finais da explicação de Márcio Meirelles. Disse que não passava de propaganda da Secult. De qualquer forma, é muito louvável que o jornalista tenha cedido espaço para as explicações da Secretaria de Cultura.

Samuel Celestino disse que mantém tudo o que escreveu sobre o Balé do Teatro Castro Alves. Embora leitor de Samuel Celestino, ao contrário, eu fiquei plenamente satisfeito com as explicações publicadas.

Sei que as críticas vão continuar. Há muitos interesses contrariados em jogo. Como incomoda as elites esse tal de Márcio Meirelles...

Comments:
Incomoda e vai continuar incomodando, Oldack... A diversidade da Bahia é fato e a Cultura tem que atingir mais pessoas, na capital e no interior...
Aninha Franco é que acha que tem cetro pra passar pra nova dramaturgia... Que cetro, minha filha? Rainha de quê?
O que me incomoda, e ninguém comenta (me lembra quando há anos atrás falavam da 'namorada' de ACM e ninguém nem tchum) é a cara de pau do Gideon Rosa aceitando trabalho da SECULT (Terreiro d'Yesu) pra depois vir detonar o que não conhece... O cara não tem vergonha, não? Rapaz, seja digno!!
 
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