15 de outubro de 2008

 

Veja, a revista que virou panfleto

No site “Observatório da Imprensa”, Luiz Antônio Magalhães assina um texto esclarecedor sobre o desastre editorial da revista Veja, que parece ter perdido, definitivamente, o rumo. A revista se superou na piração. Ao cobrir a crise financeira internacional deu uma capa com o Tio Sam de dedo em riste e a manchete “Eu salvei você”. Em jornalismo isso se chama “barriga”. O erro foi tão grosseiro que a revista rival, a CartaCapital, com o mesmo Tio Sam de dedo em riste, deu a manchete : “Ele não salva ninguém”.

A revista Veja deixou de ser, há tempos, jornalística. É um panfletão reacionário, conservador, dedicado a pregar os valores do neoliberalismo. A crise global deixou a revista sem rumo. “O problema é que os valores que a revista andou defendendo viraram pó”. Enquanto tateia em busca de um discurso para justificar a crise financeira, tenta cobrir as eleições municipais. Faz merda novamente. Em editorial afirma que “O povo não é bobo” e como exemplo cita os votos em Kassab (DEM) e em Beto Richa (PSDB). É, de fato o povo não é bobo.

Na edição desta semana, a revista faz um balanço das urnas. Reconhece que o PT cresceu, “mas foi nos grotões”. Qualquer foca de jornalismo faz as contas e vê que a oposição perdeu, o fato mais relevante é a derrota estrondosa da aliança demo-tucana. A revista tem uma aritmética enviezada. Como afirma Luiz Antônio Magalhães “no fundo, Veja age na política e na economia seguindo a máxima do ex-ministro Rubens Ricúpero: o que é bom (para o ideário conservador), a gente mostra; o que é ruim, a gente esconde. E isto, fica aqui o reconhecimento, o pessoal da redação de Veja sabe fazer como ninguém”.

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