21 de outubro de 2008

 

Presidente do TSE admite que foi um erro a expressão “ficha-suja” para qualificar candidato com processo na Justiça

A entrevista com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Carlos Ayres Britto, está no site Congresso em Foco. O emprego do termo prejudicou a “pureza” do movimento por eleições limpas, ao misturar, em uma mesma lista, candidatos com simples pendências judiciais isoladas com políticos com “vida suja”.

O senhor aponta algum equívoco na condução do processo eleitoral pelo TSE? Perguntou o site Congresso em Foco.

E o ministro respondeu: Sim, a expressão “ficha-suja” prejudicou a pureza do movimento. Porque confundiu um singelo passivo eleitoral com a vida pregressa desabonadora eticamente. E a nossa intenção foi não impedir o questionamento de registro de candidatura por parte de quem responde a uns dois ou três processos isoladamente. Não foi isso. Nosso propósito foi analisar a biografia social, a vida toda do candidato. Porque, quando você diz “ficha-suja”, quem tem um processo ou dois, embora seja uma pessoa decente, já se colocou contra. Isso foi ruim. Quem usou uma expressão correta foi a jornalista Dora Kramer quando ela disse “vida suja”. Aí sim. Nós queríamos ir atrás das pessoas, não a que tem ficha suja eventual, mas sim [aqueles com] vidas sujas.

Mesmo assim, não vi ainda um pedido de desculpas do site Congresso em Foco ao candidato à prefeitura de Salvador, Walter Pinheiro (PT), por se prestar a correia de transmissão de notícia fraudulenta se referindo a supostos processos contra o petista. O TRE da Bahia já mandou João Henrique (PMDB) retirar do ar a propaganda com essa afirmação caluniosa. Nem essa notícia localizei ainda no site Congresso em Foco. O que está havendo com essa gente?

LEIA ENTREVISTA NO CONGRESSO EM FOCO

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