27 de outubro de 2008

 

Aliança DEM-PMDB em Salvador foi contra Wagner e o PT

“Geddel não construirá 2010 dentro de meu governo”. A declaração é do governador Jaques Wagner ao jornalista Bob Fernandes, editor da revista eletrônica Terra Magazine. Ou seja, Wagner não aceita criar cobra em casa e o rompimento com o PMDB passa à pauta do dia. Wagner se sente liberado para tomar o rumo que quiser. O ministro da Integração torrou algumas centenas milhões de reais para tirar do buraco a administração de João Henrique. “Geddel, pelo que tudo indica, está construindo 2010, o que é um direito dele. Só que, obviamente, ele não irá construir 2010 dentro do meu governo” foi a expressão exata. E mais: “Foi uma aliança do DEM-PMDB, contra o meu governo e contra o PT”.

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27/10/2008 às 23:00
| ATUALIZADA EM: 28/10/2008 às 01:33

Governo perde confiança no PMDB, diz Jonas Paulo

Biaggio Talento e Patrícia França, do A TARDE

A confiança do PT em relação aos peemedebistas baianos ficou em xeque após a eleição de Salvador. Foi o que reafirmou, na segunda-feira, 27, o presidente estadual do partido Jonas Paulo, contando ter conversado sobre os acontecimentos da campanha eleitoral com dirigentes nacionais petistas. "Acho que a sucessão de 2010 é um momento perigoso e se o PMDB seguir nessa linha (de tratar o PT como adversário) se contrapõe à lógica de fazermos um sucessor de Lula", declarou ontem. Diante dos fatos, lembrou um trecho de famosa música do mineiro Fernando Brant que se tornou sucesso na voz de Milton Nascimento: "sei que nada será como antes, amanhã".

É nesse clima, dois dias após a eleição, quando os canos das armas petistas e peemedebistas usadas na campanha, ainda estão fumegantes que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva visita a capital baiana e reunirá pela primeira vez num evento oficial, após o pleito, o governador Jaques Wagner (PT) e o ministro da Integração Nacional Geddel Vieira Lima (PMDB) durante a IX Cúpula Brasil-Portugal e a assinatura de convênios. Os que se uniram na eleição de 2006, patrocinaram candidatos adversários na eleição pela Prefeitura de Salvador.

MILITÂNCIA – O fato de o presidente não ter gravado mensagem de apoio ao candidato Walter Pinheiro (PT), que foi derrotado por João Henrique (PMDB), provocou certa insatisfação da militância petista como pode ser comprovado no Largo do Rio Vermelho, tradicional ponto de encontro do PT, após a confirmação do resultado, domingo à noite. Quando Pinheiro passou pela área junto com os gritos de “fora Geddel” ouvia-se “Lula traidor”.

Contudo, Jonas Paulo procurou desfazer as insatisfações da militância com a principal estrela do partido. Segundo o dirigente, não houve responsabilidade de Lula na derrota de Pinheiro, o erro da campanha petista "foi tratar o PMDB como aliado e em contrapartida receber tratamento de inimigo". Ele acha que “foi um erro do Palácio do Planalto não entender isso durante a campanha”. Se isso tivesse ocorrido talvez os assessores tivessem recomendado a Lula romper a neutralidade e pedir voto para o candidato petista.

Apesar da derrota em Salvador, Jonas Paulo assinalou que na Bahia o PT elegeu o maior número de prefeitos, 68. "Os partidos da frente de esquerda (PT/PCdoB/PSB) ganharam 104 prefeituras no Estado, o que será fundamental para a construção da candidatura da sucessão de Lula", disse.

A vereadora Vânia Galvão, que preside o PT em Salvador, disse que o seu partido vai se manter, na Câmara Municipal, em oposição ao governo do prefeito João Henrique. Na próxima legislatura, o PT será o maior partido de oposição no Legislativo Municipal, com seis vereadores. “Vamos reunir a Executiva na quarta-feira [dia 29] e referendar a nossa oposição ao PMDB”, disse a petista, que não vê possibilidade de o PT apoiar um governo que venceu as eleições tendo como aliado o DEM, principal opositor do PT na Bahia e que fora derrotado em 2006.

ORGANIZAR O TIME – Presidente estadual do PSB, a deputada federal Lídice da Mata preferiu não opinar sobre a crise na relação do PMDB e PT, mas assinalou que, passadas as eleições, o governador “tem a necessidade de organizar o seu time” para os dois últimos anos de governo. “Wagner deve dar o norte do governo dele, dizer as propostas que ele tem, dizer como ele vai fazer e com quem quer fazer”, opina Lídice, que foi vice do candidato derrotado do PT a prefeito de Salvador, Walter Pinheiro.

A parlamentar disse que ainda não avaliou a crise instalada na base de sustentação do governo do Estado, mas acredita que Wagner tem condições de conduzir (sem traumas) o processo. “Estou aguardando o governador chamar o partido para conversar”. Quanto a Salvador, Lídice disse não ter dúvidas: “O povo já nos colocou na oposição ao prefeito do PMDB”, frisou.
 
“Geddel não construirá 2010 dentro de meu governo”

a reação do Governador, se não for uma cortina de fumaça, é tardia.
Ele deixou Gedel se tornar ministro da pasta da integração nacional; assistiu placidamente os pássaros do ninho de acm sairem em revoada para o ninho de Gedel; Não marcou presença no interior principalmente nos municípios de influência de Gedel ou onde o ministério se fez presente; deixou o PMDB ocupar espaços; deixou jogar em itabuna como o diabo gosta e por fim, não satisfeito, nas convenções tomou uma posição pusilânime.
Agora ele vem com esta de “Geddel não construirá 2010 dentro de meu governo”.
Desculpe-me mas já construiu e agora está na fase do acabamento, jardinagem e paisagismo e a entrega será em 1 de janeiro de 2011.

grato

Eu votei para não acontecer, agora estou com a ministra Marta.
 
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