6 de agosto de 2008

 

Técnicas do jornalismo salafrário da Folha de S. Paulo

O blog “Amigos do Presidente Lula”, pilotado pela guerreira Helena Sthephanowitz, publica um artigo da autoria de Mauro Carraro desancando o jornalismo da Folha de S. Paulo e desmontando a “técnica” malabarista usada pela redação para relativizar e distorcer qualquer informação positiva sobre o Governo Lula. Uma espécie de jornalismo lesa-leitor. Realmente, a Folha se superou ao perguntar ao leitor “você concorda?” a respeito das pesquisas do IPEA e da FGV, que são instituições de credibilidade. A Folha contrapõe simples opiniões pessoais a pesquisas científicas e metodologicamente estruturadas. Patifaria pura.

SEGUE O TEXTO:

A Folha de S. Paulo lembra uma octogenária vaidosa e fútil, freqüentadora assídua das clínicas de cirurgia plástica, mas sempre ignorante e maledicente. Os incautos a vêem envernizada de modernidades cosméticas. Por dentro da bela viola, entretanto, não há mais que pão bolorento.

Neste dia 5 de Agosto, ao noticiar os resultados de estudos do Ipea e da FGV, o gelado jornal dos Frias tentou novamente lesar o leitor-consumidor. Na capa do UOL, o jornalismo de pocilga esforçou-se em malabarismo para desvalorizar as evidentes conquistas do governo do metalúrgico.

Na numeralha, há um dado espetacular, e que mereceria o título da matéria: entre 2.003 e 2.008, segundo o Ipea, o percentual de pessoas pobres caiu de 35% para 24,1%. Pronto. Se restasse inteligência e algum pingo de honestidade na redação da Barão de Limeira, pinçar-se-ia daí a boa chamada.

O método salafrário (e burro por opção) da Folha de S. Paulo, entretanto, preferiu estampar o seguinte: "Número de ricos cresce e classe média avança". Agora, vale verificar qual foi este avanço. Segundo o estudo, o número de indivíduos com renda mensal igual ou superior a 40 salários mínimos cresceu de 0,8% para 1%.

Então, "psite do sofá", o que matematicamente e logicamente é mais relevante? Qualquer cidadão lúcido diria que é a formidável redução no número de pobres. Sim, mas não para a Folha de S. Paulo, uma "acta" cuja missão é destacar e exagerar tudo que é negativo no Brasil, assim como minimizar e esconder todas as conquistas do atual governo.

Em seguida, o jornal se utiliza de um artifício barato para desqualificar os dois estudos. Dessa forma, apresenta mais uma de suas enquetes destinadas à propaganda política de oposição. O enunciado é: "Pesquisas mostram que a pobreza diminui no país. Você concorda?"

A pergunta mal esconde a patifaria. O "você concorda?" sugere que existe dúvida sobre a lisura do trabalho científico. Logo abaixo da manchete, numa prática golpista travestida de populismo interativo, o diário imprensaleiro sugere sutilmente que tudo é uma farsa, mentira, invenção do governo.

Logicamente, do ponto de vista epistemológico, a enquete é um absurdo, pois reduz à experiência individual a chance de validação para uma pesquisa nacional.

Como sempre, manifestam-se, em massa, três tipos de "leitores". Os boateiros-interneteiros assalariados do PSDB e do DEM, que iniciam a desqualificação do trabalho e disciplinadamente fecham seus textos com agressões ao presidente Lula.

Em seguida, em coro, aparecem os interneteiros independentes que passam a vida diante do computador para destilar venenos sociais e semear a discórdia pública.

Por último, expressam-se com rancor as pessoas que, isoladamente, vivem (ou fingem viver) problemas financeiros. Estes costumam argumentar que "lá em casa" nada mudou. Outros se esforçam em traçar um quadro catastrófico do país, no qual todos seus amigos e parentes figuram como endividados em desespero.

Trata-se de uma técnica de distorção dos fatos (não choveu porque eu estava dormindo) que a própria Folha usaria, se pudesse, mas cuja autoria – por razões óbvias – entrega a seus colaboradores-leitores, pagos ou voluntários, muitos deles movidos por um mortal ódio de classe.

A empresa que publica o jornal gelado – aquele que só tem notícias frias -, já foi pior. Mantinha uma corja de pervertidos cafajestes na redação da Folha da Tarde. Além disso, emprestava suas kombis para que os torturadores do regime militar levassem pessoas para os porões da morte. Hoje, envernizada e maquiada, a empresa faz menos: resigna-se a viver de um jornalismo cada vez mais desacreditado, mas ainda salafrário.

Por Mauro Carrara

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