22 de agosto de 2008

 

Em política a arrogância pode ser fatal

O competente prefeito Fernando Pimentel (PT), ao aliar-se com o governador Aécio Neves (PSDB) para lançar a candidatura de Márcio Lacerda (PSB) à prefeitura de Belo Horizonte, cometeu um erro que pode ser fatal: tentou passar por cima de lideranças mineiras de alta densidade como o ministro Patrus Ananias, do Desenvolvimento Social, como Luis Dulci, secretário Geral da Presidência da República e como Nilmário Miranda, ex-ministro dos Direitos Humanos e ex-presidente estadual do PT de Minas. A jogada é fruto da arrogância na política. Pode dar certo, mas tem tudo para dar errado.

Em consequência, as três lideranças do PT já não mais escondem o apoio a Jô Moraes, candidata do PCdoB à prefeitura de Belo Horizonte, uma histórica aliada do PT. A deputada federal Jô Moraes continua em primeiro lugar em todas as pesquisas de intenção de voto. Nesta quarta-feira (20) o jornal O Tempo publicou a última pesquisa: Jô Moraes (PCdoB) com 21.5%; seguida de Leonardo Quintão (PMDB) com apenas 9.22% e em terceiro lugar Márcio Lacerda (PSB), com todo apoio de Fernando Pimentel e Aécio Neves, com apenas 8.68%. Na hipótese de um segundo turno, Jô Moraes ganharia de Márcio Lacerda.

Pimentel, com a máquina da prefeitura e a captura da militância petista com cargos públicos, e Aécio Neves, com seu poderio tipo trator, têm muita bala na agulha. Pode dar certo a arrogância política, mas tem tudo para dar errado. Se Jô vencer, Belo Horizonte só tem a ganhar.

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