9 de junho de 2008

 

Márcio Pochmann, do IPEA, em novo livro, defende a "economia da jabuticaba"

Márcio Pochmann, presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), em seu novo livro chamado “O Emprego no Desenvolvimento da Nação” (Boitempo) propõe o abandono do que chama de economia do bonsai, baseada na condenação do investimento público e na manutenção de um salário mínimo baixo, e a adoção da economia da jabuticaba, brasileira na essência, que combinaria democracia com crescimento econômico sustentado. Ele apresenta uma importante contribuição para a discussão de aspectos fundamentais relacionados à dinâmica do emprego no Brasil.

Partindo de dados alarmantes sobre o aumento do desemprego no Brasil, em 2002, Marcio Pochmann faz uma análise criteriosa da relação entre a falta de trabalho e a adoção de políticas econômicas desfavoráveis ao país.

Em 2000, o Brasil ocupava o terceiro lugar no ranking do desemprego mundial, apesar de contar com a quinta maior população do globo. Na época, apenas 54% dos ocupados brasileiros recebiam salários. Em 1980, dois em cada três trabalhadores recebiam salários e, dentre eles, 70% tinham emprego formal.

Entender os fatores que possibilitaram tais transformações é o principal objetivo de Pochmann. Ele reflete sobre a possibilidade de uma alternativa econômica que leve em conta as características e as necessidades do Brasil e, principalmente, apresente políticas de estímulo ao emprego e melhor divisão de renda.

Márcio Pochmann, doutor em Ciência Econômica pela Unicamp, onde é professor livre-docente, preside desde 2007 o IPEA. É autor do livro “O emprego na globalização”, também pela Boitempo, conforme informações da Agência Carta Maior.

Como presidente do IPEA, Márcio Pochmann foi incumbido pelo presidente Lula de elaborar um plano de desenvolvimento de médio prazo para o Brasil. Em entrevista à Agência Carta Maior ele explicita as premissas que embasam sua visão de futuro, como a necessidade do país melhorar a qualidade das exportações, a importância de de uma política industrial que leve à produção de itens mais elaborados, a geração de postos de trabalho mais qualificados e o imperativo da redução da pobreza e das desigualdades.

LEIA A ENTREVISTA COM POCHMANN

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