9 de março de 2008

 

As FARC da Colômbia são produto de uma história sangrenta

Nelson Franco Jobim, ex-editor Internacional do jornal O Globo e ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, professor de Jornalismo, no site Direto da Redação presta grande ajuda para o entendimento do que sejam as FARC, e lembra aspectos que a mídia brasileira sempre sonega. Os jornais brasileiros, por ignorância ou má-fé, citam sempre as FARC como narco-guerrilha. Nunca falam do narco-governo de Uribe. Na verdade, a guerrilha surgiu na Colômbia depois do assassinato, em 1948, do candidato liberal Jorge Eliecer Gaitán, crítico feroz da multinacional United Fruit, a mesma que fomentou o golpe contra o presidente Jacobo Arbenz, na Guatemala, em 1954.

O assassinato de Gaitán provocou o violento bogotazo com duas mil mortes. Foi uma guerra civil. Em 10 anos mais de 200 mil pessoas foram mortas. Grupos liberais e socialistas entraram na clandestinidade. Neste ambiente surgiram as FARC. Editorialistas da mídia brasileira perguntam sempre por que as FARC não disputam o poder através de eleições. Isso já foi tentado, nos anos 80, com a criação da União Patriótica (UP). Mais de mil militantes foram MASSACRADOS por grupos paramilitares de direita e traficantes de cocaína. Em 2002, a UP não apresentou candidatos. Restou às FARC, como sobrevivência, o caminho dos seqüestros e a cobrança de impostos aos traficantes de cocaína. A guerrilha ganha US$ 750 milhões/ano com a cocaína, mas os paramilitares aliados de Álvaro Uribe ganham US$ 2,25 bilhões. Portanto, não é muito verdadeira a história passada pela mídia brasileira, segundo a qual de um lado está a democracia e de outro a narco-guerrilha. Por trás de Uribe estão outros US$ 5 bilhões dos EUA com o Plano Colômbia. A chegada de Hugo Chávez na Venezuela complicou o plano belicoso dos EUA.

LEIA NA ÍNTEGRA

Comments: Postar um comentário



<< Home

This page is powered by Blogger. Isn't yours?