14 de fevereiro de 2008

 

Ciro Gomes e Geddel enfrentam artistas globais

A Audiência Pública na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado debateu (14/02)o Projeto de Integração do Rio São Francisco com as Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional. João Reis Santana Filho, Secretário de Infra-estrutura Hídrica do Ministério de Integração Nacional, lembrou que as decisões sobre o uso da água caberão aos comitês gestores de bacias nos estados por onde as águas transpostas passarão.

O deputado federal Ciro Gomes e o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, enfrentaram os atores globais. Ciro Gomes trombou com a atriz Letícia Sabatela, que o interrompeu várias vezes. "Não sei se estou no mesmo lugar que o seu, mas é parecido. Eu, ao meu jeito, escolhi a opção de meter a mão da massa, às vezes suja de cocô, às vezes. Mas minha cabeça, não, meu compromisso, não", disse Ciro Gomes dirigindo-se à atriz.

"Tecnicamente é necessário que os críticos tomem juízo, não no sentido negativo da palavra, mas para ver se é possível", disse ele. "Por alguns [críticos] não tenho respeito. Faço honestamente essa confissão porque não percebo boa fé em alguns."
Oportunista, o senador baiano César Borges participou dos debates. Ele é contra a transposição das águas do rio São Francisco, mas, não sabe muito bem porque.

O presidente Lula deve visitar o local das obras do São Francisco nos próximos dias. "Acho que a sociedade brasileira está extremamente madura para saber o papel de cada um na democracia e para saber o importante papel da igreja e de outras entidades da sociedade civil e a legitimidade do governo para montar seus projetos", afirmou ele.

À Letícia Sabatela se juntaram os atores Carlos Vereza e Osmar Prado. Carlos Vereza meteu os pés pelas mãos e misturou o projeto da transposição com o caso dos cartões corporativos. Um velho truque. Uma bobagem. Já Osmar Prado chorou copiosamente, não se sabe se interpretando ou merecido. Sabatela pediu para que o debate sobre o projeto não se transformasse num teatro.

Os poucos artistas que defendem o fim das obras de transposição do rio São Francisco ocuparam a tribuna do Senado e atacaram o governo. O ator Carlos Vereza disse ser difícil confiar em uma gestão que envolve suspeitas de mau uso de cartões corporativos. Uma coisa nada tem a ver com a outra.

Já o ator Osmar Prado chorou e acabou silenciando a platéia formada por parlamentares e intelectuais, enquanto a atriz Letícia Sabatella pediu que o debate sobre as obras não se transformem em um teatro. Osmar Prado chorou ao se lembrar das greves de fome do bispo de Barra. Ao discursar no Plenário Ciro Gomes foi duro com o bispo dom Cappio: "Bispo, olhe para mim". É que o bispo só ficava olhando para cima como se estivese meditando. Ciro Gomes interpretou como descaso. Carlos Vereza interpretou como "meditação". Até no olhar o bispo confunde.

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