13 de janeiro de 2008

 

O que disseram em defesa da secretária de Justiça Marília Muricy

RUI MORAES CRUZ, PROCURADOR GERAL DO ESTADO:
"Falo em nome da Procuradoria Geral do Estado e em meu nome. Ficamos todos surpresos com o ataque a uma pessoa que tem uma postura ética ao longo da vida pessoal e profissional. Foi um ataque insano e lamento muito que tenha partido de um ex-integrante de nosso governo, que se mostrou incapacitado para exercer o cargo que exercia. Nada disso atingirá a moral de Marília Muricy".

ADNA AGUIAR, DESEMBARGADORA DO TRT:
"Por vontade própria, vim para testemunhar a favor de Marília Muricy. Se tem um nome que representa a luta pelos direitos humanos na Bahia é o de Marília Muricy. Li com perplexidade as acusações de racismo publicadas nos jornais. É um grande equívoco. Por considerar ela um dos melhores quadros intelectuais do Brasil, fiquei confortada ao saber que Jaques Wagner a tinha escolhido para a Secretaria da Justiça. Marília Muricy sempre brilhou como professora, como militante democrática, pelos direitos humanos. Lembro que quando ela defendeu sua tese de doutorado na USP, foi aplaudida de pé, nunca havia acontecido. Ninguém se engane, essa é uma luta política, por espaços políticos e não julgamento de competências, por isso estamos do lado de Marília Muricy.

MAURÍCIO GOES, CONSELHEIRO DA OAB:
"Falo como advogado militante. Uma coisa muito me preocupa ao acompanhar as notícias de jornais contra Marília Muricy. Não li um FATO sequer, não há uma DATA, não há uma TESTEMUNHA. Apenas acusações pessoais com base em especulações subjetivas. Por isso considero as acusações como o mais puro "no sense". É isso. Falar em racismo da parte de Marília Muricy é um completo "no sense".

TAINÁ ANDRADE, DO MOVIMENTO INDÍGENA
"Sou índia, sou negra e não conhecia a secretária Marília Muricy. Mas conheço a proposta da Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos e também muita gente do movimento social e fiquei surpresa porque ninguém respalda uma acusação desse tipo. Minha gente, racismo é uma coisa muito séria para se fazer acusações gratuitas. Quem faz isso na verdade nunca sentiu na própria pele o que é racismo".

LUIZ MOTT, SOCIÓLOGO FUNDADOR DO GGB
"Eu me sinto honrado em participar dessa ato político com tantos representantes das minorias. Isso é um reflexo da nova realidade da Secretaria da Justiça da Bahia. Como bem disse Geraldo Bastos, que preside essa mesa, as acusações são incoerentes com a história de vida da professora Marília Muricy. Temos que estar sempre atentos para o comportamento do "poticamente correto" da parte de pessoas que acham que têm sempre razão. Nem sempre elas têm razão. Não se pode ir para a mídia protestar como se fosse um eterno injustiçado, com acusações gratuitas de racismo e com base em teses racialistas importadas dos EUA".

WALDIR PIRES. EX-GOVERNADOR DA BAHIA
"Marília, esse é mais um ato político de sua vida de luta. Sua luta está inserida no grande desafio de nosso tempo. Democracia não é simplesmente o ato de votar. Sua essência está na transformação da sociedade para dar fim a toda excludência. Daí que democracia está intimamente vinculado à cidadania e direitos humanos. Esse ato de hoje significa a reafirmação do que todos acreditamos. Marília, você é um patrimônio da Bahia, como profesora, jurista e cidadã. Tem que ser preservada. Estamos juntos para fazer avançar o processo da democracia no Brasil. Os desvios do passado não podemos tolerar. E estamos mobilizando para isso todos os setores da sociedade, todas as forças democráticas, para a continuação dessa luta".

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