18 de outubro de 2007

 

Acabou a ilegalidade: Banco do Brasil tem a conta do governo da Bahia

Hoje, 18 de outubro, acabou mais um velho escândalo da Bahia. Através de uma grande negociata, em que o Baneb foi “vendido” para o Bradesco, este açambarcou a conta governamental da Bahia. Agora, o Banco do Brasil é o novo prestador de serviços do Estado da Bahia.

O contrato com o Banco do Brasil foi assinado hoje (18).

As vantagens para os servidores que eram extorquidos pelo Bradesco são inúmeras. Acabou a mamata construída pelo carlismo.

Durante seis meses, os servidores públicos estaduais NÃO vão pagar tarifa de manutenção de conta.

Até PUM diante da máquina o Bradesco cobrava.

Como informa comunicação do governo, o convênio inclui uma contrapartida de R$ 485 milhões. Este valor se somará aos R$ 17,3 bilhões do orçamento estadual para investimentos em áreas prioritárias, a exemplo de saúde e educação.

O contrato, que tem vigência de 60 meses, foi assinado pelo governador Jaques Wagner e pelo presidente do Banco do Brasil, Antônio Francisco de Lima Neto. O valor das tarifas foi um dos pontos principais da negociação. A ampliação da cobertura da rede bancária também foi levada em consideração.

O Banco do Brasil, que atualmente cobre 94% do território baiano, vai criar 124 novos pontos de atendimento para atingir 100% dos municípios.

O BB vai aplicar R$ 121 milhões na criação, modernização e relocalização de sua rede de atendimento na Bahia. Há em todo o estado 288 agências, 49 postos de atendimento avançado, 59 postos de atendimento, 371 postos eletrônicos e 2.658 terminais de auto-atendimento.

GOVERNO LULA FORTALECE BANCO DO BRASIL

O governador explicou que, até 2011, todos os estados brasileiros serão obrigados a contratar bancos públicos para operar suas contas. “Nos adiantamos para poder negociar e conseguir melhores benefícios, como contrapartida e baixas tarifas”, disse.

Wagner: “O Banco do Brasil, por meio da sua fundação, pode fazer boas parcerias com o Estado e apoiar projetos de agricultura familiar e geração de renda”.

O presidente do BB afirmou que a instituição possui know-how em folha de pagamento de funcionários. Com esse contrato, o banco passa a operar as contas de 12 estados. “Estamos estabelecendo uma parceria completa. Entendo o estado da Bahia como um todo e não como um cliente de serviços bancários”, destacou.

Segundo o superintendente do Banco do Brasil na Bahia, Rodrigo Nogueira, a comunicação com os servidores para a transição das contas será feita via correspondência. “Depois do contato com os servidores, iremos fazer a abertura da conta, a definição da linha de crédito e a migração de serviços, como empréstimos e financiamentos”, explicou.

SERVIDORES JÁ RECEBEM NOVEMBRO PELO BB

O secretário estadual da Fazenda, Carlos Martins, garantiu que o processo de transferência será tranqüilo para o servidor. “O pagamento do mês de novembro já será feito através do Banco do Brasil”. Ele disse que os servidores não precisam se mobilizar para a mudança antes de serem comunicados. “Essa mudança vai beneficiar os servidores, que vão pagar menores taxas e terão mais vantagens”.

O Banco do Brasil vai passar a operar as contas de cerca de 253 mil funcionários públicos estaduais, entre ativos e inativos. O banco já é responsável pelo pagamento dos 20 mil servidores da Secretaria da Saúde (Sesab) e de 18 mil funcionários do Estado que migraram para o BB por decisão judicial ou por falta de agência do Bradesco próxima.

O contrato inclui também arrecadação tributária, manutenção da conta única do Tesouro Estadual e todos os demais serviços financeiros requeridos por órgãos e entidades da administração direta e indireta.

O BRADESCO DETINHA A CONTA ILEGALMENTE

Desde janeiro de 2007 o governo da Bahia avalia os seus contratos. A necessidade de mudança do prestador de serviços bancários foi detectada após a suspensão da Medida Provisória 2.192/70, que permitia que bancos privados operassem contas públicas. A MP já havia passado por 70 reedições.

Estava virando uma esculhambação.

O Bradesco passou a operar a conta estadual depois da privatização do Baneb.
Só que, após o vencimento do contrato inicial de cinco anos, deveria ter sido realizada uma LICITAÇÃO.

O procurador-geral do Estado, Rui Moraes, explicou que, devido à ilegalidade do contrato, o governo fica dispensado de pagar a multa rescisória prevista em cláusula.

Estava previsto que, em caso de rescisão, o Estado deveria pagar ao Bradesco uma indenização a ser calculada sobre o valor das tarifas que ele deixaria de receber até 2009, quando venceria o contrato.

BRADESCO, NUNCA MAIS!

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