7 de agosto de 2007

 

Dr. Waldir, Dr. Dignidade, Dr. Ética

Indignado, li uma notinha desrespeitosa do jornalista Lauro Jardim, da coluna Radar da revista Veja (só podia ser) sobre Waldir Pires. Uma notinha gratuita, sem informação, apenas com o óbvio objetivo de chamá-lo de “incompetente”. Lauro Jardim era o último jornalista daquela revista fascistóide que eu ainda me dava ao trabalho de passar as vistas. Estou fora. Incompetente é a mãe. Esse Lauro Jardim ou é muito ignorante, ou está se fazendo de besta ou apenas está fazendo jus ao salário que a Editora Abril lhe paga.

Aos detratores gratuitos ou remunerados eu poderia desfiar os 60 anos de vida pública de Waldir Pires, intocáveis. Mas, não vou perder meu tempo. Fico com a homenagem que a agência Objectiva Comunicação fez em forma de anúncio a Waldir Pires, na edição de 02/08/2007 do jornal A Tarde – no dia em que Waldir desembarcou em Salvador. O título foi: “Dr. Waldir, Dr. Respeito, Dr. Ética. Dr. Coerência, Dr. Integridade”. Ou seja, tudo o que a revista Veja e seus assalariados de alma vendida não podem ostentar.

O texto do “anúncio” também foi marcante:

“Neste momento em que Waldir assume outra fronteira de luta, a Bahia quer homenageá-lo. Não precisa de uma data especial para isso. Os homens e as mulheres de bem desta terra generosa sabem a quem chamam de líder. Lembram sempre do secretário de Estado, do deputado estadual, do deputado federal, do Consultor Geral da República, da resistência ao golpe militar, do exílio, da volta, do governador. E, sobretudo, lembram do homem da política, da grande política, do militante voltado para as grandes causas do povo da Bahia, do Brasil, da humanidade. Militante não pára, insiste, continua a nos ensinar que só o sonho pode embalar a beleza de viver. Viva Waldir!”.

Estive no Aeroporto Dois de Julho naquela tarde. Testemunhei a ovação com que Waldir Pires foi recepcionado. Gente de variados partidos políticos, PT, PSB, PDT, PMDB, PCdoB, PV e muitos veteranos da luta contra a ditadura. Gente que, seguramente, não lê a revista Veja. Um coro em particular me chamou a atenção: “Waldir, 50 anos de ética pública”. Cercado de jornalistas, ele declarou: “A construção da República para nós é a construção de um Brasil para todos, inclusive de aviões e passageiros, com responsabilidade de serviços públicos que estejam permanentemente regulados a uma concepção de dever à sociedade, sem segredos, sem coronéis, sem caudilhos”.

Com a história de vida que Waldir Pires tem chega a ser imbecil chamá-lo de “incompetente”.

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