13 de julho de 2007

 

Lula disse para Wagner não se "avexar" que vem mais

“Não se ‘avexe’, Wagner, porque tem muita coisa que ainda vai acontecer na Bahia”. Com esta frase, tentando imitar, com bom humor, o sotaque baiano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva prometeu ao governador Jaques Wagner a liberação de mais recursos para a realização de obras e ações no estado, além dos R$ 1,369 bilhão anunciados (12) para as áreas de saneamento e habitação pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Na solenidade, realizada no Teatro Castro Alves, em Salvador, Lula adiantou os planos do governo federal de desenvolver ações no estado com recursos do Fundo Nacional de Habitação do Interesse Social (FNHIS), além da retomada dos projetos de irrigação do Baixio de Irecê e Salitre, em Juazeiro. Ele falou ainda de ações específicas voltadas para as comunidades indígenas e quilombolas e para as cidades com até 50 mil habitantes.

SOLUÇÃO PARA CACAU

Animado, o presidente ainda garantiu a Wagner: “A questão da dívida do cacau será definitivamente resolvida”, respondendo à atenção especial solicitada pelo governador baiano, que discursou antes do presidente.

O chamado PAC do Cacau está na agenda dos despachos de Lula com o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes. Em todo o país, o PAC prevê investimentos de R$ 504 bilhões até 2010. Segundo Lula, o PAC só foi possível graças à estabilidade econômica atingida no país.

“A casa está arrumada, com inflação controlada, sem a gente depender mais de estrangeiros, mas apenas da nossa capacidade, e este programa é apenas a grande primeira experiência do modelo de desenvolvimento que nós queremos fazer”, afirmou.

CONSELHO DE LULA

Para que as obras da primeira etapa do PAC das áreas de saneamento e habitação deslanchem o mais rápido possível, Lula sugeriu a Wagner constituir o quanto antes um conselho gestor. “Isto porque não há, historicamente, o interesse de se investir em saneamento, porque simplesmente são obras que, apesar do grande impacto, não aparecem, pois os tubos ficam enterrados, não permitindo aos políticos afixar uma placa”. Segundo Lula, de 1998 a 2001, não foram realizados sequer um investimento na área no país.

Lula também disse a Wagner que os gestores precisam se comportar como mãe. “Ela pode ter dez filhos, mas estará sempre atenta a qual deles estará precisando realmente mais dela, mesmo que os outros chorem”.

A metáfora foi usada para citar o caso da greve dos professores. “Eu jamais serei contra a greve, até porque venho do movimento sindicalista, mas também não se pode perder a racionalidade, querendo que alguém faça em seis meses o que não foi feito em 30 anos”, completou.

Ao encerrar o discurso, Lula deu novos conselhos ao amigo baiano:

“Portanto, companheiro Wagner, estamos vivendo um momento único no país e não podemos desanimar, mesmo quando querem nos acordar cedo tentando dar más notícias. Quando fizerem isso com você, me ligue pois só terei notícias boas para a Bahia”.

Com informações da AGECOM

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