3 de junho de 2007

 

Revista Veja condenada por danos morais, outra vez.

Deixei de ler a revista Veja. Ela mente, mente, mente e suas reportagens acabam influenciando o leitor. A mentira vai virando verdade. Para não ser contaminado, deixei de ler a revista Veja. Mas, um blogueiro me chamou a atenção para mais uma causa perdida na Justiça pelos difamadores.

Na edição de 30 de maio (capa em tons vermelhos e o título Navalha na Carne), lá nas páginas 76 e 77, decisão da Justiça obrigou a revista a publicar a sentença que a condenou a pagar R$ 100 mil por danos morais ao delegado da Polícia Federal, Magalhães Pinto.

A matéria difamatória foi publicada com a manchete FORROBODÓ DOS FEDERAIS. Com visível má-fé, a reportagem da Editora Abril afirmava jocosamente que a cantora mexicana, Glória Trevi, tinha sofrido abuso sexual na cela da Polícia Federal e que o autor teria sido o delegado Magalhães Pinto. Uma foto do delegado, montada ao lado da foto da mexicana presa, reforçava a impressão de intimidade. No mesmo texto, a revista acusava o policial de ter liberado ilegalmente mais de duas mil autorizações de porte de arma e de ter sido exonerado da instituição por possíveis irregularidades. Tudo mentira.

As acusações mostraram-se falsas. Exame de DNA provou que a gravidez da cantora Glória Trevis foi provocada pelo seu empresário e namorado; levantamento posterior provou que a PF concedeu não mais que 510 autorizações de porte de arma, para cinco unidades da Federação. Impossível que o delegado tenha autorizado duas mil. Por fim, a exoneração do policial se deu a pedido por motivos particulares. Nada do que a revista Veja inventou.

A revista Veja teve que pagar R$ 100 mil ao policial por danos morais. É pouco. Seus advogados conseguiram negociar o valor indenizatório para R$ 60 mil, avisa a revista em nota de pé de página. As duas páginas da sentença foram publicadas em letras miúdas. Para caluniar e difamar, a revista dá manchetes em letras garrafais, para esclarecer o erro por decisão judicial ela edita em letrinhas impossíveis. É a liberdade de imprensa pregada pela revista Veja.

O método de difamação e calúnia da revista é conhecido. Ela pega notícias verdadeiras e dá um tratamento distorcido, gerando calúnias e difamações. No caso deste número, ela reporta a Operação Navalha. A bola da vez é o senador Renan Calheiros. Daqui a alguns meses, ou anos, ficaremos sabendo de novos processos e novas condenações.

Todos já foram vítimas. O PT, o Congresso Nacional, os empresários, qualquer movimento social, em particular o MST, qualquer parlamentar, dirigente ou militante do PT. A revista mente e distorce sobre qualquer assunto. Não leio mais a revista Veja.

Comments:
Também não leio Veja, e parei de comprar todas as revistas da Editora "Primeiro de" Abril.
 
Voce não perdeu absolutamente nada. Cancelei a assinatura e quando questionado pela funcionaria da editora abril os motivos para a desistencia, expliquei de forma clara que não pretendia continuar lendo uma revista que faz da mentira uma profissão de fé.

Dalmo
 
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