19 de maio de 2007

 

CGU afirma que prefeitura de Camaçari repassou verbas para empreiteira Gautama

O prefeito de Camaçari, Luiz Caetano, preso pela Operação Navalha, autorizou seu advogado Maurício Vasconcelos a declarar que entre a prefeitura de Camaçari e a empreiteira Gautama, na atual gestão, não existe nenhum contrato. Na gestão anterior a de Luiz Caetano (de José Tude – DEM), havia um contrato entre a Gautama e a prefeitura para a realização de obras no município, mas foi cancelado por Caetano e nenhuma verba foi liberada para a empreiteira.

Impossível que Luiz Caetano esteja mentindo. A mentira não se sustentaria depois.

Então, quem vai ter que se explicar é a Controladoria-Geral da União (CGU) que em “levantamento preliminar” afirma que a prefeitura de Camaçari celebrou convênio com a Gautama no valor de R$ 11,5 milhões, “dos quais R$ 1,95 milhão já foi entregue”. A CGU não informou quando. Para oferecer à mídia quantias noticiáveis, embolou números com informações genéricas.

LEIA AQUI O LEVANTAMENTO PRELIMINAR DA CGU

Imprensa > Notícia
18/05/2007

CGU divulga valores de pagamentos para a empresa Gautama

A Controladoria-Geral da União (CGU) concluiu os primeiros levantamentos relativos aos convênios, firmados pelo Governo Federal com Estados e municípios, que tiveram a participação da Construtora Gautama Ltda. na realização das obras por eles contratadas.

Em relação aos convênios com Estados e municípios, os principais valores identificados até agora são:

- Para o Estado de Alagoas – Sistema Pratagy: convênio no valor de R$ 77,8 milhões, dos quais R$ 30 milhões foram liberados;

- Para o Estado de Sergipe – Adutora do Rio São Francisco: convênio no valor de R$ 68,4 milhões, dos quais R$ 42,9 milhões foram liberados;

- Para a Prefeitura de Camaçari/BA: convênio no valor de R$ 11,5 milhões, dos quais R$ 1,95 milhão foi liberado.

Esses são os principais convênios alcançados pela Operação Navalha, realizada ontem pela Polícia Federal.

Outro levantamento preliminar da CGU revela contratos diretos de órgãos federais com a Gautama, no período de 2000 a 2006, no valor total de R$ 157 milhões, sendo que desse total R$ 142,8 milhões correspondem a contratos celebrados entre os anos de 2000 a 2002 e R$ 13,2 milhões contratados entre 2003 e 2006.

A CGU salienta que esses são contratos registrados no Sistema Integrado de Administração de Serviços Gerais (Siasg) e os valores representam o montante contratado diretamente por órgãos federais, não significando que a totalidade haja sido efetivamente paga, nem tampouco que já tenham sido identificadas irregularidades na aplicação desses recursos.

Um terceiro levantamento feito pela CGU no Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), que registra os valores efetivamente pagos, revelou o total de pagamentos no mesmo período (2000 a 2006) de R$ 103,1 milhões, assim distribuídos:

2000 a 2002 – R$ 53 milhões
2003 a 2006 – R$ 50,1 milhões

Detalhamento por ano:

2000 – R$ 13,2 milhões
2001 – R$ 17,8 milhões
2002 – R$ 22 milhões
2003 – R$ 6,5 milhões
2004 – R$ 15,5 milhões
2005 – R$ 9,4 milhões
2006 – R$ 18,7 milhões

A CGU esclarece ainda que esses são os valores registrados nos sistemas Siasg e Siafi, não estando incluídos, portanto, os investimentos das empresas estatais.

Todos esses dados referem-se apenas ao CNPJ principal da Construtora Gautama Ltda., não estando incluídas outras empresas do mesmo grupo, nem consórcios das quais ela participe.

Assessoria de Comunicação Social
(61) 3412-6740 / 3412-6850 / 3412-7271
imprensacgu@cgu.gov.br
http://www.cgu.gov.br

COM BASE NESTE “LEVANTAMENTO PRELIMINAR” A FOLHA DE S. PAULO DIVULGOU PARA O BRASIL A SEGUINTE MATÉRIA:

BLOG DO JOSIAS DE SOUZA:

Só da União, Gautama recebeu R$ 178 mi desde 2000
Levantamento preliminar feito pelo governo constatou que, entre 2000 e 2006, a Construtora Gautama recebeu do governo federal pelo menos R$ 178 milhões. Desse total, R$ 74,8 milhões foram destinados às três maiores obras que estão sendo investigadas na “Operação Navalha”. São as seguintes:

1. Estado de Alagoas: obras do Sistema Pratagy, de abastecimento de água em Maceió. O valor total do convênio celebrado entre a União e o governo alagoano é de R$ 77,8 milhões. Já chegaram aos cofres da Gautama R$ 30 milhões;

2. Estado de Sergipe: obras da adutora do Rio São Francisco. O governo federal comprometeu-se em financiar R$ 68,4 milhões. Já liberou R$ 42,9 milhões;

3. Prefeitura de Camaçari, na Bahia: Celebrou com a União convênio de R$ 11,5 milhões, dos quais R$ 1,95 milhão já foi entregue à Gautama.

Juntos, os três convênios suspeitos somam R$ 157,7 milhões. Para evitar que o prejuízo vá além dos R$ 74,8 milhões já liberados, o governo determinou a suspensão de novos repasses.

Os números são oficiais. Foram divulgados na noite desta sexta-feira (18) pela CGU (Controladoria Geral da União), que auxilia a Polícia Federal nas investigações. Afora os convênios com Estados e municípios, órgãos públicos federais também contrataram diretamente a Gautama.

Segundo a CGU, esses contratos diretos resultaram, entre 2000 e 2006, em repasses de R$ 103,3 milhões –R$ 53 milhões sob FHC e R$ 50,1 milhões durante a gestão Lula. Já foram liquidados. Não se sabe se houve irregularidade em parte ou na totalidade deles.

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