16 de abril de 2007

 

PT da Bahia desmente a revista Veja

A revista Veja entra na fase agônica de lento suicídio em matéria de jornalismo. Na ânsia de meter o pau e taxar o PT de autoritarismo, acaba se desmoralizando. Desta vez a comédia ficou a cargo do jornalista (?) André Petry no artigo intitulado “Pequenos Ditadores”, na edição de 18 de abril.

Petry concluiu apressada e muito convenientemente que o deputado Luiz Bassuma fala pelo PT ao se declarar contra a legalização do aborto. Pior, conclui com visível má-fé que o PT está contra o debate sobre o aborto.

A ideologia de direita cega a revista Veja e seus articulistas. É no que dá escrever na linha do patrão para justificar o salário. Jornalista mercenário, Petry não se deu ao trabalho sequer de checar a posição do PT da Bahia.

O deputado Luiz Bassuma não fala pelo PT. No máximo pode falar pela Federação Espírita.

Quem pode falar pelo PT da Bahia é seu presidente Marcelino Galo. E ele falou. Está no site do PT da Bahia a resposta de Marcelino Galo. O artigo intitulado “Direito à vida e a viver – resposta ao deputado Luiz Bassuma” desmente a palhaçada de André Petry na revista que virou panfleto. A revista Veja não merece o menor respeito.

SEGUE O ARTIGO DE MARCELINO GALO, PRESIDENTE DO PT DA BAHIA:

Direito à vida e a viver! Resposta ao Deputado Luiz Bassuma.

Ao ler ontem na coluna teoria e debate do Jornal Folha de SP me deparei com um artigo assinado pelo Deputado Federal do PT-BA, Luiz Bassuma onde ele defende a manutenção da legislação que considera o aborto como crime. Me assusta muito que o parlamentar, mesmo depois de uma resolução aprovada no 13º Encontro Nacional do PT, que impede a participação de qualquer parlamentar do PT na famigerada "comissão em defesa da vida", continue compondo e presidindo tal comissão.

Já sabemos que o PT defende por princípio o estado laico e, que apesar do Brasil ser o país mais cristão do mundo, o princípio de laicidade garante o respeito à livre associação religiosa, mas não autoriza qualquer denominação religiosa a impor concepções morais sobre as leis e políticas públicas. Os princípios constitucionais e a laicidade do Estado são pressupostos da democracia.

Falar de direitos civis plenos parece até algo muito simples na medida em que compreendemos o papel de cada cidadão e cidadã no cumprimento da lei e na defesa pela vida.

Mas a vida envolvida num aborto, não é a do feto, a priori. Falamos de mulheres, de vidas, que são vitimizadas e criminalizadas por não ter o direito de escolher o que fazer com seu próprio corpo.

Pesquisas indicam que no Brasil são realizados anualmente mais de 750 mil abortos em condições inseguras. Complicações acarretadas pelo aborto clandestino são a quarta causa de mortalidade materna no país. Além disso, cerca de 250 mil mulheres são internadas a cada ano no Sistema Único de Saúde (SUS) por complicações de aborto e, dessas mulheres, a maioria é negra, jovem e pobre.

A criminalização do aborto é uma das ilustrações mais contundentes desta ineficácia. É irracional supor que milhares de mulheres que recorrem ao aborto ilegal a cada ano no Brasil sejam condenadas e encarceradas. Ao contrário do que sugerem as posições dogmáticas, a criminalização não protege a vida do feto e, sobretudo, implica riscos e danos para as mulheres. Nesse sentido, desrespeita seu direito a uma vida digna e plena.

Para mudar essa situação, é necessário que a prática de aborto deixe de ser considerada crime. É essencial que a mulher tenha o direito de decidir sobre o próprio corpo e de ser assistida pelos hospitais públicos, independentemente das causas do aborto. Além disso, é preciso garantir que a população brasileira tenha acesso à educação sexual, aos métodos anticoncepcionais e tenha a possibilidade de escolher ter filhos ou não. Em defesa da justiça social, assinamos abaixo em apoio à legalização do aborto no Brasil.

O que nós petistas esperamos são duas coisas. A primeira é que o Presidente Lula, reafirme o princípio de seu partido, que reconheça a luta dos movimentos sociais feministas e por direitos humanos e conduza nosso país à adoção dos padrões internacionais de direitos pela vida, como fez a pouco o governo português, e continue incentivando iniciativas como a do Ministro da Saúde, Sr. José Gomes Temporão no sentido de garantir assistência social pública para as mulheres em situação de aborto.

A segunda é que o nobre deputado se remeta as resoluções partidárias e se enquadre nelas a fim de representar os votos que recebeu e a sigla na qual é filiado, sob pena de responder em comissão de ética a transgressão cometida até agora.

Sim à vida, sim à legalização do aborto,

Marcelino Galo, presidente do PT da Bahia.
12/04/2007

Comments:
OLÁ SENHORES,

quero parabenizar pelo conteudo deste blogger.
quanto ao panfleto tucano! sem comentarios.
quero pedir ao senhores que mantenham mais informações da sala secreta de ACM. pois aqui em são paulo a gente não tem nenhuma informação a respeito.
 
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