13 de fevereiro de 2007
Na revista Veja ajoelhou tem que rezar
A revista Veja não tem jeito. Cancelei minha assinatura. Mas o exemplar de 7 de fevereiro (A Força da Fé) acabou na minha mão, no sanitário de uma barraca de praia. Estava aberta à página 130, que fala de cinema. “Idi Amin, o terrível” era o título da matéria assinada por Isabela Boscov. Texto bom sobre o filme O Último Rei da Escócia me animou a seguir a leitura. Mas, no último parágrafo, lá estava a obsessão ideológica da revista. A matéria fala dos ditadores da África e a jornalista - ou o censor, sei lá - encontra uma inacreditável relação com Hugo Chávez, da Venezuela. Conheço uma jornalista que já trabalhou para a revista Veja. Eles têm um editor-censor que telefona para o jornalista que assina a matéria avisando que vai “esquentar” a reportagem. No caso da matéria “Idi Amin, o terrível” a matéria da Isabela Boscov só pode ter sido “esquentada” porque o parágrafo final não bate bem com a história. É como costumo dizer, na revista Veja jornalista ajoelhou tem que rezar. Tenho pena dos leitores da revista. Compram lebre e levam gato.
