29 de setembro de 2006

 

Site da Liderança do PT na Assembléia entrevista Emiliano

Fonte: www.liderancadoptbahia.com

Entrevista com Emiliano:

Temos que dar uma solução para os cinco milhões que passam fome na Bahia


EMILIANO É CANDIDATO A DEPUTADO FEDERAL, COM O NÚMERO 1331. CARREGA UMA LONGA EXPERIÊNCIA ACUMULADA. FOI DEPUTADO ESTADUAL CONSTITUINTE, VEREADOR E EXERCE O MANDATO DE DEPUTADO ESTADUAL. JÁ EXERCEU IMPORTANTES CARGOS NO PT E TEM TALENTO PARA A NEGOCIAÇÃO PARLAMENTAR. É JORNALISTA, ESCRITOR COM SETE LIVROS PUBLICADOS E PROFESSOR DE COMUNICAÇÃO DA UFBA. NESTA ENTREVISTA, ELE FALA DO PROCESSO ELEITORAL E DO FUTURO COMO PARLAMENTAR.

COMO VÊ O ATUAL PROCESSO ELEITORAL?

EMILIANO – Com bastante otimismo. Você viu a matéria de capa sobre o PT da revista Carta Capital de 20 de setembro? Aquelas projeções catastróficas que anunciavam o “fim do PT” estão todas sendo reavaliadas cientistas políticos, institutos e centros de estudos. Lula tem o apoio do povo e vai ganhar no primeiro turno. Não há nenhum fato novo que faça com que isso mude.

E AQUI NA BAHIA?

EMILIANO – Aqui na Bahia o segundo turno está se tornando uma possibilidade bastante real. O salto de Wagner de 16% para 26% foi mais que um avanço quantitativo. Há sinais de virada nas eleições. Certamente, os comícios de Lula, apoiando Wagner em Feira de Santana e Salvador, vão repercutir nas pesquisas. E havendo segundo turno, tudo muda. Sinto um certo nervosismo do lado de lá.

E EM RELAÇÃO ÀS ELEIÇÕES PROPORCIONAIS?

EMILIANO – Aí a virada já aconteceu. Institutos e empresas de marketing que faziam projeções catastróficas (Arko Advice, IUPERJ, Ibope, Vox Populi) contra o PT mudaram totalmente de opinião. Eles chegaram a afirmar que o PT tinha acabado, que não faria nem 50 ou 55 deputados federais. Agora falam em 91 federais, a marca de 2002, e há institutos que falam de 96 a 103 federais. Ou seja, o PT vai crescer e não acabar. Eram análises ideologizadas, no contexto da caça às bruxas de 2005. Eles subestimaram a força dos 800 mil militantes do PT e reduziram o partido a seis dirigentes e poucos parlamentares. Um erro fatal.

QUAL SUA PERSPECTIVA CASO SEJA ELEITO DEPUTADO FEDERAL?

EMILIANO – Minha perspectiva é transparente. Faz parte do meu discurso de campanha. Serei base parlamentar do segundo Governo Lula, e representante da Bahia no Congresso Nacional. Ganhando Wagner, como acredito que vai ganhar no segundo turno, temos que trabalhar afinados para mudar a Bahia. Temos 5 milhões de pessoas passando fome. Temos que dar uma solução a essa vergonha que o PFL, em 16 anos de governos sucessivos, não soube dar. Lula já beneficia 1 milhão e 400 mil pessoas com o Bolsa Família, mas, como você pode ver, ainda não dá para acabar com a fome secular da Bahia. E com o apoio do presidente Lula teremos uma oportunidade única de potencializar os programas sociais. É possível contar com organizações não-governamentais sérias, por exemplo, apoiar o trabalho da Comissão Pastoral da Criança e estender a todos os municípios a assistência qualificada às crianças e mães.

E A QUESTÃO DA EDUCAÇÃO À QUAL VOCÊ É LIGADO INCLUSIVE COMO PROFESSOR UNIVERSITÁRIO?

EMILIANO - O segundo mandato do presidente Lula vai permitir um grande avanço na educação na Bahia. Ao contrário dos oito anos de Fernando Henrique Cardoso, que desmontou as universidades públicas, o presidente Lula virou essa tendência suicida do neoliberalismo. A Universidade Federal do Recôncavo, os campus da UFBa no interior, a Universidade Federal do Vale do São Francisco, todas elas serão consolidadas, modificando a economia de muitas cidades do interior. A curto prazo, vamos trabalhar para criar a Universidade Federal do Oeste Baiano. E com Wagner no governo da Bahia, vamos recuperar as universidades estaduais. É que para nós, gasto em educação é investimento, para eles é simples despesa. Para nós, escola não é construção de luxo para dar lucro a empreiteira.

MAS COMO ESTIMULAR A ECONOMIA, GERAR EMPREGO E RENDA...

EMILIANO – Primeiro, temos que levar para toda a Bahia o Luz para Todos. Sem energia elétrica não dá para produzir. Cem mil ligações feitas pelo Governo Lula foram importantes, mas precisamos de mais. Evidentemente, vamos atrair novos investimentos, mas o investimento social pode ser um dinamizador da economia, pois está provado que o Estado não regula tudo. Não basta crescer. Temos que crescer distribuindo renda, cuidando dos excluídos. Wagner tem um bom programa de desenvolvimento, que inclui ações nas áreas de transporte, educação, saúde, saneamento, meio-ambiente, segurança, em todas as áreas essenciais. Temos metas. Vamos reduzir o analfabetismo, implantar 100 mil cisternas no semi-árido, gerar 250 mil novos postos de trabalho. Vamos na direção oposta ao grupo de ACM. Vamos governar reduzindo as desigualdades sociais.

E ESSA MARCA DE SEUS MANDATOS, NA CÂMARA MUNICIPAL E NA ASSEMBLÉIA, DE FISCALIZAR AS CONTAS GOVERNAMENTAIS? COMO VAI FICAR?

EMILIANO – Nada muda, a não ser os escândalos do grupo de ACM e Paulo Souto, que vão acabar porque eles vão perder o poder. Temos que exercer uma vigilância muito grande nas aplicações das verbas federais. A Controladoria-Geral da União está apenas começando a limpeza do país. Há uma cultura do desvio de verbas e da crença na impunidade na área pública, em particular nos municípios. Essa luta vai continuar como nunca. A máquina pública tem que ser aperfeiçoada. Meu mandato de deputado federal estará sempre voltado para essa preocupação.


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