1 de setembro de 2006

 

Paulo Souto é demagogo, irresponsável, e faz promessa ilegal e ilegítima ao anunciar campi da UNEB em Cajazeiras e Subúrbio Ferroviário

O governador Paulo Souto é demagogo, irresponsável, e faz promessa ilegal e ilegítima ao anunciar que vai criar mais dois campi da UNEB, um em Cajazeiras, e outro no Subúrbio Ferroviário.

DEMAGOGO porque faz promessa que sabe que não pode cumprir.

IRRESPONSÁVEL porque não há dotação orçamentária sequer para garantir a atual UNEB funcionar até o final deste ano.

PROMESSA ILEGAL E ILEGÍTIMA porque ele sabe que a prerrogativa de criar novos campi não é do governador, mas do Conselho Superior Universitário (CONSU). O Sindicato dos professores está convocando nova paralisação para 12 de setembro contra o arrocho salarial e orçamentário na UNEB.

As afirmações são do informativo da Associação dos Docentes da UNEB – ADUNEB, que circulou neste 29 de agosto.

LEIA O INFORMATIVO:

PROMESSAS DE MAIS EXPANSÃO DESORDENADA

Os colegas que estão acompanhando o desenrolar da campanha eleitoral devem
ter ficado surpresos com as promessas que o governador Paulo Souto (candidato à reeleição) anda fazendo de criação de mais dois campi da UNEB: um em Cajazeiras e outro no Subúrbio Ferroviário!!!

Não há nada de errado em querer levar oportunidade de acesso ao ensino superior às pessoas desses populosos bairros, marcados pela pobreza e desprovidos da maior parte dos serviços e equipamentos públicos necessários a uma vida digna e decente. O problema é que isso é prometido de forma demagógica, irresponsável, ilegal e ilegítima.

Demagógica, porque provavelmente não será cumprido. São promessas de campanha que não serão efetivadas, do mesmo modo que a prometida incorporação da GEAA dos docentes não o foi até o momento.

Irresponsável, porque não há dotação orçamentária sequer para levar a UNEB até o fim do ano! Toda a comunidade universitária tem sentido os efeitos deletérios do arrocho orçamentário e salarial promovido por esse governo contras as UEBAS. Os serviços básicos de energia, água e telefone são periodicamente cortados por falta de pagamento. As residências estudantis e docentes são precárias e também vivem com seus aluguéis atrasados. Os bolsistas de iniciação científica, de monitoria de ensino e de mestrado e doutorado sofrem com atrasos constantes em seus pagamentos. O problema crônico do calote dos salários
e do não pagamento dos direitos trabalhistas dos servidores terceirizados só faz piorar.

Por fim, a promessa dos novos campi da UNEB em Cajazeiras e no Subúrbio Ferroviário é ilegal e ilegítima, pois é prerrogativa exclusiva do Conselho Superior Universitário deliberar sobre esta matéria.

Esperamos que o CONSU paute sua conduta pela responsabilidade, conseqüência e sapiência e não ceda às pressões políticas dos de cima ou à tentação da expansão desordenada.

É tempo de a UNEB deixar de ser usada como instrumento da politicalha baixa e torpe e, com altivez, cumprir sua missão social de levar pesquisa e ensino superior às camadas pobres dentro de um plano estratégico amplamente discutido e deliberado por toda a comunidade universitária e não segundo os pragmáticos e inconfessáveis interesses de certos deputados, prefeitos e do próprio governador. Há cerca três séculos, alguém disse que era justo e legítimo o direito à rebelião contra a tirania e a opressão!

12 DE SETEMBRO DE 2006
SEGUNDA PARALISAÇÃO DE PROTESTO CONTRA O ARROCHO
SALARIAL E ORÇAMENTÁRIO

No dia 12 de setembro de 2006 (terça-feira), realizaremos nossa segunda
paralisação contra o arrocho salarial e orçamentário promovido pelo governo contra as universidades estaduais baianas. Desta vez, como a UNEB estará em período de recesso, nosso protesto será feito por meio de uma panfletagem de denúncia em frente ao Iguatemi. A idéia é aglutinarmos um grande número de professores, vestindo as camisas de nossa campanha e empunhando nossas bandeiras e faixas, para garantirmos visibilidade à manifestação. Os colegas que moram no interior que desejarem tomar parte da mobilização em Salvador devem nos avisar para que possamos providenciar o deslocamento. Nas demais UEBAS, os portões serão fechados e nenhuma atividade interna será desenvolvida.

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