21 de setembro de 2006

 

CUT vê motivação golpista por trás do caso do dossiê contra Serra

Até o momento, a posição mais lúcida foi a da Central Única dos Trabalhadores. A CUT enxerga na exploração do caso da suposta compra do dossiê (que aponta o envolvimento de José Serra com a máfia das ambulâncias) “uma tentativa de instalar o caos, com vistas a aventuras golpistas que ameaçam romper as regras democráticas”. Em nota oficial divulgada quarta (20) a direção executiva da CUT anotou que há uma “parcialidade escandalosa”, mais que isso, um “menosprezo à opinião pública”. Diz o texto: “A vontade popular é soberana e não pode ser violada sob nenhum pretexto.”

Para a diretoria da CUT, as pessoas envolvidas na CONFECÇÃO e na tentativa de compra do dossiê contra os tucanos José Serra e Geraldo Alckmin devem ser “punidos”. Mas, para que haja “isenção”, a apuração deve alcançar também o CONTEÚDO do dossiê.

“A CUT não aceita que apenas um dos lados dessa questão seja objeto de investigação e debate público, como vem acontecendo nos últimos dias. Afinal, existe ou não o dossiê?

Se existe, os poderes instituídos e a imprensa têm o dever de revelá-lo à opinião pública e identificar as irregularidades nele contidas”, anota o texto divulgado pela central sindical.

A principal peça do dossiê que a CUT julga inexplorado nas investigações é um DVD de 23 minutos. Mostra solenidade realizada em 2001 num galpão da Planam, ninho das sanguessugas, em Cuiabá. O então ministro da Saúde, José Serra, confraterniza com deputados hoje tachados de sanguessugas.

LEIA ABAIXO ÍNTEGRA DA NOTA DA CUT

A CUT condena qualquer tipo de chantagem e exige que todos os fatos relacionados ao chamado dossiê das sanguessugas sejam apurados com isenção, e aqueles que tiverem responsabilidade comprovada no caso, punidos. Isso inclui a revelação de todo o conteúdo do suposto dossiê. A CUT não aceita que apenas um dos lados dessa questão seja objeto de investigação e debate público, como vem acontecendo nos últimos dias. Afinal, existe ou não o dossiê? Se a resposta for positiva, os poderes instituídos e a imprensa têm o dever de revelá-lo à opinião pública e identificar as irregularidades nele contidas.

Se apenas uma das facetas desse caso tiver exposição pública, ficará configurado no episódio uma tentativa de instalar o caos, com vistas a aventuras golpistas que ameaçam romper as regras democráticas. Acima de tudo, a manutenção dessa parcialidade escandalosa, a poucas semanas das eleições, é um menosprezo à opinião popular, expressa nos altos índices de aprovação do Governo Lula.

Em momentos como esse que vivemos, é importante também que os poderes da República preservem sua independência, em defesa do Estado de Direito, e não se coloquem a serviço de partidos.

A vontade popular é soberana e não pode ser violada sob nenhum pretexto.

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