4 de setembro de 2006

 

Alerta ao TRE: showmícios em Entre Rios

Foram ao menos duas pessoas a nos alertar para uma prática de crime eleitoral no município de Entre Rios: o deputado estadual e candidato a reeleição, Luiz Argolo, do grupo de ACM, está levando artistas para animar seus comícios, numa clara agressão às leis eleitorais. É preciso que o Tribunal Regional Eleitoral acione sua fiscalização para apurar isso.

Luiz Argolo é filho de Manoelito Argolo, ex-prefeito de Entre Rios, que perdeu a última eleição na cidade para o candidato do PT, professor Ranulfo, numa derrota espetacular e humilhante. Celebrizou-se por promover festas faraônicas bancadas com dinheiro público, enquanto a população amargava um dos maiores índices de miséria do estado da Bahia. Dados do IBGE apontavam mais de 3 mil famílias abaixo da linha de pobreza nos anos em que ele foi prefeito.

Para eleger o filho deputado estadual em 2002, Manoelito "não poupou despesas". Basta dizer que a caravana de Luiz Argolo contava com a banda de forró Calcinha Preta, no auge da fama. A mega campanha do menino estruturou-se em mais de setenta municípios, onde foi buscar os votos para compensar a pífia votação que obteve em sua cidade natal. Teve pouco mais de 5 mil votos em Entre Rios, mas se elegeu com mais de 71 mil votos.

Os gastos astronômicos para se eleger, no entanto, não apareceram na prestação de contas. Segundo declarou, fez tudo isso com míseros R$ 180 mil! Provavelmente, Calcinha Preta abriu mão do cachê! E os setenta comitês eleitorais funcionaram à base de militância voluntária. Já as centenas de milhares de camisas distribuídas, a fatura de panfletos, cartazes e outdoors, os milhares de muros pintados espalhados pelos quatro cantos da Bahia foram meras ilusões dos olhos maldosos dos adversários.

O aperto na Lei Eleitoral, com o objetivo de reduzir os custos de campanha e coibir o "caixa dois" deve ser seguido por todos, e o TRE tem que estar alerta. Se está havendo abuso, que fiscalize e puna os infratores. Chega de candidatos usarem o poder econômico para construir um apoio fictício da população, ao mesmo tempo em que realizam mandatos inexpressivos, sem projetos ou discursos que justifiquem sua eleição.

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