26 de agosto de 2006

 

César Borges, ACM e PFL enganam os cacauicultores

Foi uma notícia da Tribuna da Bahia (25 de agosto) que me convenceu. A armação da denúncia do bioterrorismo do cacau envolvendo o nome de Geraldo Simões (PT) não teve origem apenas na disputa pelo poder local em Itabuna. Trata-se de uma represália de César Borges, ACM e Fernando Barros contra Geraldo Simões, por ter ele, na presidência da Codeba, atrapalhado os negócio do grupo com os portos navais da Baía de Aratu que eles se apropriaram. O grupo carlista se sente prejudicado pela licitação da Codeba ganha pela Bunge Alimentos S.A.

O grupo carlista não desistiu. Os investimentos nos dois portos controlados por eles são altos, embora tenham se apropriado deles com recursos do tesouro da Bahia. O deputado Emiliano José (PT) documentou detalhadamente essa negociata. Estão tentando agora melar a licitação ganha pela Bunge, através do TCU. Medida cautelar, solicitada pelos políticos do PFL, acaba de determinar que a Codeba suspenda os contratos firmados com a Bunge Alimentos S.A. para exportação de produtos agrícolas. A briga é pela exportação da soja do oeste baiano.

VALE TUDO
Todo e qualquer tipo de argumento é utilizado pela máfia do PFL baiano para atrapalhar a Codeba. Falam em licitação sem aprovação da diretoria executiva, falta de estudos de impacto ambiental, aquela história de uma única licitante habilitada e até uma improvável documentação incompleta. Vale tudo na disputa pelo transporte da soja da Bahia.

Está mais do que claro o porquê dessa armação do cacau contra Geraldo Simões. A cobrança do senador César Borges (PFL) por uma solução da “crise” da cacauicultura é apenas uma fachada. A cacaicultura enfrenta uma crise que associa o baixo preço internacional do cacau com a valorização do real perante o dólar. A história da vassoura-de-bruxa está sendo utilizada politicamente. O senador César Borges critica Lula e diz que a Medida Provisória que autoriza a renegociação das dívidas não basta. Ele certamente acena com o perdão das dívidas. Afinal, o dinheiro é da viúva.O PFL esteve oito anos no poder com Fernando Henrique Cardoso. A vassoura-de-bruxa, a crise de preços e as dívidas já existiam. Por que eles não resolveram o problema?

Também dominaram a Ceplac durante anos como um feudo. Agora ele pede a cabeça do coordenador-geral de Apoio Operacional da Ceplac, Welligton Duarte, cujo nome foi citado por um desclassificado como Luiz Timóteo Franco, como envolvido num imaginário grupo que teria disseminado a vassoura-de-bruxa na Bahia. O discurso de César Borges chega a ser panfletário. “O governo atrasa investigação do ex-prefeito Geraldo Simões, compadre de Lula e um dos acusados da sabotagem”, afirma ele. O que uma coisa tem com a outra?

RÉU CONFESSO NA CAMPANHA
Nem César Borges, nem Franco Timóteo têm credibilidade. De biografia pouco recomendável, esse Franco Timóteo, que recebeu dinheiro da revista Veja e do prefeito Fernando Cuma para se autoincriminar, está provocando ameaça de boicote das manifestações programadas pelos cacauicultores. As entidades dos produtores de cacau ameaçam não participar das manifestações porque o prefeito de Itabuna Fernando Cuma mandou seus correligionários levar para os palanques exatamente esse Luiz Franco Timóteo, que confessou ser um dos responsáveis pela disseminação da vassoura-de-bruxa. É o único réu confesso. Não é um herói, é um bandido e merece estar preso, isso sim. Outra presença que não agradou aos produtores foi a de Maria Alice Pereira, secretária do prefeito de Itabuna.

O movimento do cacau virou comício eleitoral e as denúncias contra Geraldo Simões fazem parte da disputa por negócios portuários. Quem quiser que se engane.

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