19 de julho de 2006

 

Violência e a hora dos moderados

O jornalista Mauro Santayana, colunista do Jornal do Brasil e ex-redator-chefe do extinto e saudoso jornal Última Hora (lembram-se?), em artigo publicado na Agência Carta Maior com o título A Hora dos Moderados, afirma que neste quadro difícil de violência generalizada em São Paulo, é hora de agir com serenidade e patriotismo. Os governos passam, mas as nações têm o dever da permanência. Por isso cresce, entre os moderados, de um e de outro lado, movimento para estabelecer o entendimento entre o governo e oposição, de forma a conter os radicais.

O radicalismo vem sendo alimentado por interesses bem conhecidos. O Sr. Jorge “este raça” Bornhausen assumiu a responsabilidade perigosa de acusar o PT de manter ligações com o Primeiro Comando da Capital, o PCC. Ele é porta-voz dos que querem retomar o poder para continuar no processo de desnacionalização da economia brasileira, que, com todos os seus erros, o governo Lula estancou.

Segundo Mauro Santayana, “é certo que esse radicalismo só se manifesta no plano federal. Nos Estados, as disputas têm mantido, até agora, nível civilizado. Embora seja difícil segurar os ânimos durante a campanha, alguns governadores têm mantido conversações entre eles e entre os candidatos, na busca de um processo civilizado da disputa”.

A lição de Santayana pode ser estendida à Bahia. Aqui, Wagner (PT) e Paulo Souto (PFL) mantêm um nível civilizado de disputa eleitoral. Não há razão, portanto, para Paulo Souto não solicitar ajuda do governo federal para conter a onda de violência e seqüestros que assola a Bahia e que a imprensa não noticia a pedido do governo, a título de colaboração com as investigações.

Wagner não se furtará a intermediar com o presidente Lula o envio da Força Nacional de Segurança para conter a onda de violência.

É preciso mais humildade, antes que mais mortes ocorram. Antes dos interesses eleitorais deve estar o interesse do povo da Bahia.

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