17 de julho de 2006

 

Malandragem no texto e na paternidade do Bolsa Família

Gilberto Dimenstein, da Folha de S. Paulo (17/07/2006), tenta diminuir a importância do Bolsa Família. O malabarismo é tanto que corre o risco de quebrar a espinha dorsal. Matreiramente, admite que a reeleição de Lula é movida pelo Bolsa Família. Conforme ele mesmo diz “E com uma boa dose de razão: ele foi responsável pela expansão e melhoria gerencial desse programa que está chegando hoje a cerca de 40 milhões de brasileiros. Nunca, em toda a nossa história, tantos pobres receberam tanto dinheiro do poder público, sem intermediários. É das ações sociais mais sofisticadas que já se lançaram no país, apesar de todos os seus problemas, e seria uma desonestidade tirar o mérito do presidente”.

Depois disso vem a malandragem no texto de Dimenstein. Ele afirma que Lula quer para si a autoria exclusiva do Bolsa Família. É uma mentira ou um equívoco do jornalista. Não vejo ninguém dizendo que o Bolsa Família é invenção do presidente Lula. Todo mundo sabe que a idéia da distribuição de renda partiu de Eduardo Suplicy, senador do PT. Cristovam Buarque fez experiências em Brasília. Mas dizer que o senador ACM tem autoria porque apresentou um projeto de um Fundo de Combate à pobreza é um pouco demais. Ele apresentou mesmo, de modo oportunista, navegando na onda. Dimenstein sabe disso. É uma piada citar José Serra e Paulo Renato Souza nessa história. Para dar credibilidade ao texto cita que até Marta Suplicy criou uma bolsa família. Tudo bem.

Mas nada tira o mérito do presidente Lula de ter aproveitado todas essas boas idéias e iniciativas e ter ampliado, consolidado e expandido esse mecanismo de distribuição de renda que está garantindo a comida no prato da pobreza. A autoria do Bolsa Família pode não ter um só titular. Mas a execução, na dimensão que está, ninguém tira do presidente Lula. É o que importa.

Até tu Gilberto Dimenstein?

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