26 de junho de 2006

 

Imprensa calunia e difama inocentes acusados de mensalão

Eu não voto no deputado federal Josias Gomes (PT). Nem lhe presto assessoria política. Mas, se votasse ou lhe prestasse algum tipo de consultoria, diria para processar todo órgão de imprensa que o chamasse de “mensaleiro”. Processo por danos morais. Ele ganharia fácil. Afinal de contas, ele foi inocentado pelo Plenário, o órgão máximo da Câmara dos Deputados, não é réu em nenhum processo e, se fosse, teria direito à defesa. Mas, certa mídia chinfrim decidiu que ele é culpado e insiste em chamá-lo de mensaleiro, o que é injúria, calúnia e difamação. Imprensa não é Poder Judiciário para condenar ninguém. Se caluniar e difamar tem que ser condenada à reparação por danos morais. Essa é a lei.

Josias Gomes é um homem de bem. Tem uma extensa folha de serviços prestados ao PT, ao Nordeste e à Bahia. Seria muito estúpido reduzir toda sua vida política, 30 anos a serviço do povo brasileiro, a um episódio discutível, em que ele caiu na armadilha armada contra muitos parlamentares. Josias Gomes foi retirar dinheiro, para pagar dívidas de campanha eleitoral de candidatos do interior da Bahia, na boca do cofre do tal banco em Brasília. Pensava que era legal. Recebeu orientação da direção do PT para sacar a verba. Como poderia imaginar que o esquema era caixa 2 ilegal?

Tanto é verdade que apresentou sua carteira de deputado federal. Ora, quem se identifica evidentemente não sabe que estaria metido em algum esquema ilegal. Sua defesa foi baseada nisso. É óbvio que o Plenário da Câmara o inocentou. Não existe pizza. Essa expressão é uma expressão caluniosa cunhada pela mídia num momento muito degradante de sua história.

UMA HISTÓRIA DE LUTA
Josias Gomes, ex-presidente do Partido dos Trabalhadores na, tem suas raízes plantadas no Nordeste. Como presidente do Centro Acadêmico de Agronomia da Universidade Federal da Paraíba, travou a luta contra a ditadura militar. Em 1979, participou do Congresso de Reconstrução da União Nacional dos Estudantes, como delegado paraibano, e fundou o PT na Paraíba.

Em 1983, assumiu a Secretaria Geral do Partido dos Trabalhadores de Rondônia, e iniciou uma sua trajetória de liderança partidária. Em 1984 coordenou a campanha das “Diretas Já” naquele estado; em 1985 compôs a chapa do PT para a prefeitura de Porto Velho, como vice-prefeito, na primeira disputa eleitoral pós-ditadura nas capitais brasileiras.

Ainda em Rondônia, Josias Gomes organizou, em 1986, a primeira greve de funcionários públicos do estado e, neste mesmo ano, coordenou a campanha do candidato a governador pelo PT.

Em Rondônia, Josias trabalhou numa ONG luterana na cidade de Colorado do Oeste e depois se deslocou para a capital Porto Velho onde ingressou, por concurso, no Serviço Social do Comércio (SESC). Passou pela Secretaria de Planejamento do Governo de Rondônia e na Assembléia Legislativa de Rondônia, junto à primeira bancada parlamentar petista naquele estado.

NA REGIÃO CACAUEIRA
Na região cacaueira, em 1989, coordenou a campanha do então presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva. Naquela época, ele trabalhava na Federação dos Órgãos para a Assistência Social e Educacional – FASE, uma ONG da área educacional. Ainda em 1989, Josias organizou a primeira campanha salarial unificada dos trabalhadores rurais, na Bahia. Participaram 26 sindicatos de trabalhadores rurais, numa memorável campanha.

Em 1990 ele coordenou a campanha vitoriosa de Geraldo Simões para deputado estadual. Ao mesmo tempo, trabalhava pela criação da Central Única dos Trabalhadores na região. Em 1992, Josias coordenou a campanha de Geraldo Simões para a Prefeitura de Itabuna. Outra campanha vitoriosa e que o levou a ocupar a Secretaria de Assuntos Estratégicos, espaço de articulação política da administração municipal.

Consagrado como liderança do Partido dos Trabalhadores, em 1997, Josias se mudou para Salvador na condição de Secretário Geral do partido. Dois anos depois, em 1999, foi eleito presidente do PT da Bahia. Em 2000, na função de presidente, Josias coordenou a campanha municipal daquele ano, quando o PT elegeu sete prefeitos e cerca de 114 vereadores nos diversos municípios da Bahia.

Nas eleições de 2002 foi eleito deputado federal com 75 mil votos, distribuídos em 384 municípios.

COM UMA HISTÓRIA DESSA NÃO É POSSÍVEL ACEITAR PASSIVAMENTE SEU LINCHAMENTO POLÍTICO, PRINCIPALMENTE DEPOIS QUE O PLENÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O INOCENTOU. ENTRE O PARLAMENTO ELEITO COM O VOTO DO POVO E A MÍDIA QUE NÃO FOI ELEITA PARA NADA, FICO COM O PARLAMENTO.

Comments:
Na verdade não é um comentário,mas uma saudação pela iniciativa. Temos que fazer a denúncia do papel dos meios de comunicação no Brasil mas, ao mesmo tempo, construírmos ações alternativas.
 
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