30 de junho de 2006

 

Dois de Julho terá presença forte de políticos. Viva a democracia

Parte da imprensa baiana não gosta de parlamentares e candidatos no desfile do Dois de Julho. É um vício antigo. As reportagens louvam as presenças do prefeito da cidade e do governador do Estado, são as autoridades na festa da Independência. Mas quando falam dos deputados e vereadores dizem que estão lá a cata de votos, pura exploração eleitoreira da festa da Independência, coisas desse jaez. Grande bobagem. Se os ocupantes do Poder Executivo podem, por que os representantes do Poder Legislativo não podem? Não há muita explicação. O ranço do preconceito aparece nas matérias, nos títulos e, na melhor das hipóteses, nas entrelinhas.

Parece até que o repórter de hoje foi ao arquivo para ler as matérias do repórter de ontem e vai reproduzindo essa cultura aleijada da desvalorização da representação parlamentar. O tragicômico de tudo isso é que a alternativa à democracia representativa sempre foi a ditadura do proletariado, rejeitada pela Nação e aposentada pelo tempo.

A festa popular do Dois de Julho é o lugar do povo, dos candidatos à representação parlamentar e palco das manifestações políticas, culturais e artísticas. Nada mais saudável que a diversidade política se apresentando aos olhos da cidade. Estarei lá no Dois de Julho, naquela confraternização incrível, para a qual uma boa parte da classe média baiana fecha os olhos. Vamos ao desfile, com bandeirinhas do Brasil, flores, roupinhas brancas, mas também com faixas e cartazes, panfletos e adesivos dos nossos candidatos. É legítimo.

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